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terça-feira, 27 de fevereiro de 2018

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - PPP - 2018


 

SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE RIO QUENTE

Colégio Municipal Professor Lourenço Batista





Projeto Político Pedagógico
2018



A educação é um processo social, é desenvolvimento. Não é a preparação para a vida, é a própria vida.
John Dewey


Rio Quente
2018

SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE RIO QUENTE

CORPO ADMINISTRATIVO

SECRETÁRIA DE EDUCAÇÃO: IZABEL GONZAGA VIEIRA SILVA
DEPARTAMENTO DE ENSINO E ADM ESCOLAR: Lourdes Maria Cruvinel
AGENTE ADMINISTRATIVO: Prícila Batista Dorneles


COLÉGIO MUNICIPAL PROFESSOR LOURENÇO BATISTA

DIRETORA CMPLB: Elcilânia Batista de Lima Silva
SECRETÁRIA GERAL: Sandra Márcia de Mendonça Teixeira
COORDENADOR PEDAGÓGICO GERAL: Márcio Pires da Silva
COORDENADORA PEDAGÓGICA: Werislayne Ribeiro de Oliveira
COORDENADORA PEDAGÓGICA: Patrícia Gomes Pereira
COORDENADORA DA EDUCAÇÃO INFANTIL: Lívia Naves Teixeira
COORDENADORA DE TURNO MATUTINO: Sebastiana de Souza Castilho
COORDENADOR DE TURNO VESPERTINO: Wilson Hilário da Conceição
COORDENADORA DE MERENDA E LIMPEZA: Lucy Claudino Peres
COORDENADORA DE EJA: Luciana de Mendonça Ribeiro
COORDENADORA DE TURNO EJA: Liliane do Carmo Estevão Araújo Silva

SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO ...............................................................................
5
1
CARACTERIZAÇÃO DO COLÉGIO ....................................................
6
1.1
MISSÃO DA ESCOLA ..........................................................................
7
1.1.1
Pontos fortes da escola ........................................................................
7
1.1.2
Pontos fracos da escola .......................................................................
8
1.2
CONTEXTUALIZAÇÃO ........................................................................
8
1.3
OBJETIVOS DA ESCOLA ....................................................................
9
1.4
METAS ..................................................................................................
10
1.5
AÇÕES .................................................................................................
10
2
MARCO REFERENCIAL ......................................................................
12
2.1
PERSPECTIVA PEDAGÓGICO-FILOSÓFICA DO COLÉGIO .............
13
2.2
CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO ...........................................................
14
2.2.1
Concepção de colégio ..........................................................................
15
2.3
CONCEPÇÃO DE DESENVOLVIMENTO HUMANO ...........................
16
2.3.1
Concepção de aprendizagem e ensino
17
2.4
CONCEPÇÃO DE CONHECIMENTO ..................................................
18
2.4.1
Concepção de currículo ........................................................................
19
2.5
CONCEPÇÃO DE INCLUSÃO .............................................................
20
3
GESTÃO DEMOCRÁTICA ...................................................................
23
3.1
GESTÃO E DESENVOLVIMENTO DE PESSOAS ..............................
23
3.1.1
Formação institucional  .........................................................................
24
4
ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO .............................
25
4.1
PRESSUPOSTOS PEDAGÓGICOS DA EDUCAÇÃO INFANTIL  ......
25
4.2
PRESSUPOSTOS PEDAGÓGICOS DO ENSINO FUNDAMENTAL DE 09 ANOS .........................................................................................
27
4.3
PRESSUPOSTOS PEDAGÓGICOS DO ENSINO MÉDIO .................
28
4.4

PRESSUPOSTOS PEDAGÓGICOS DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS  ...........................................................................................

30

4.5
TECNOLOGIAS EDUCACIONAIS .......................................................
30
4.6
PROGRAMAS E PROJETOS INSTITUCIONAIS .......................................
31
4.6.1
Programas institucionais .......................................................................
32
4.6.1.1
Programa Ambiental  ............................................................................
32
4.6.1.2
Programa Valores .................................................................................
33
4.6.1.3
Programa Formação de Leitores ..........................................................
33
4.7
AMBIENTES DE APRENDIZAGEM .....................................................
34
5
AVALIAÇÃO ........................................................................................
34
5.1
AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM .....................................................
35
5.1.1
Conselho de Classe .............................................................................
36
5.2
AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL .............................................................
37
5.3
AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO PROFISSIONAL .............................
38

REFERÊNCIAS ....................................................................................
39









APRESENTAÇÃO

O Projeto Político-Pedagógico (PPP) do Colégio Municipal Professor Lourenço Batista, chamado aqui de CMPLB, além de ser uma exigência legal, expressa na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, permite a revelação da identidade da Instituição, de suas concepções e de seus sonhos. Além disso, define a natureza e o papel socioeducativo, cultural, político e ambiental da Escola, bem como sua organização e gestão curricular para subsidiar o seu Regimento Escolar e sua Proposta Pedagógica, documentos que são os balizadores das ações educativas.
A importância do PPP do CMPLB leva em conta a trajetória da sua comunidade escolar, a sua história e cultura, não só para garantir um percurso formativo de sucesso para as crianças e os estudantes, como também para cumprir o seu compromisso com a sociedade. 
O CMPLB, quando da primeira edição do seu PPP, a qual abarcava as concepções pedagógicas e a forma de materialização de suas ações, vem trabalhando, sistematicamente e com afinco, em defesa de uma educação com qualidade social. Além disso, revisitou, em cada período de sua história, esse Documento e buscou aproximação com as exigências legais e com a sua comunidade escolar.  
Dessas revisitas resultou o PPP de 2013, que antecede a este, em cumprimento às determinações da Resolução nº 04/2010, do Conselho Nacional de Educação e da Câmara de Educação Básica (CNE/CEB) e em atendimento às necessidades da comunidade escolar.



1 CARACTERIZAÇÃO DO COLÉGIO

O Colégio Municipal Professor Lourenço Batista, integrante da Rede Municipal de Ensino, localizado à Avenida dos Canários Q10 Lt 07, Bairro Solom Amaral I, município de Rio Quente - GO, oferece a Educação Infantil e o Ensino fundamental de 09 anos, de acordo com a Lei N.º 11.274, de 06 de fev. de 2006 e Resolução 258/2005 de 11 de novembro de 2005, que estabelece a obrigatoriedade do Ensino Fundamental a partir dos 6 anos de idade para todas as redes de ensino , Ensino Médio e Educação de Jovens e Adultos .
O Colégio Municipal Professor Lourenço Batista faz o atendimento de crianças e adultos que provêm de diversos tipos de famílias com uma diversidade de situações.
A pluralidade cultural, isto é, a diversidade de etnias, crenças, costumes, valores, etc., caracterizam a população atendida.
O Colégio Municipal Professor Lourenço Batista é assistido pelos governos Federal e Estadual quanto à aquisição do livro didático (PNLD), tendo deste programa o suporte pedagógico adequado à Educação Infantil e ao Ensino Fundamental (1ª ao 9ª ano), ao Ensino Médio e a Educação de jovens e Adultos – EJA, possuindo também um número variado de coleções pedagógicas e livros didáticos próprios a esta etapa.
O quadro funcional é composto pelo Diretor, Vice-diretor, Coordenadores, Secretária, Agentes Administrativos, Operadores de serviços gerais, Merendeiras, Porteiros, Vigias, Auxiliar de Biblioteca, Professores e Monitores altamente qualificados a desenvolver suas funções como educadores.
O espaço físico foi projetado respeitando a capacidade e necessidades de desenvolvimento dos alunos sendo que os espaços internos e externos foram adaptados para atender diferentes funções, tais como: ventilação, temperatura, iluminação, espaço físico, mobiliário e equipamentos adequados. No entanto, ainda há necessidade de alguns investimentos para que as exigências legais sejam plenamente atendidas.
O espaço interno contém uma estrutura básica que contempla:
·         Salas para diretoria, secretaria, professores e coordenação escolar;
·         Salas de aula para atividades dos alunos;
·         Sala de recursos multifuncionais (Educação Especial - AEE);
·         Instalação e equipamentos adequados para o preparo, guarda e distribuição de merenda escolar, que atendem às exigências de nutrição, saúde, higiene e segurança na alimentação;
·         Instalações sanitárias para uso dos alunos e para uso dos adultos;
·         Biblioteca pública;
·         Materiais pedagógicos para o desenvolvimento da autonomia da criança e como suporte de outras ações intencionais;
·         Recursos materiais que atendem à demanda.

1.1 MISSÃO DA ESCOLA

Contribuir para a constante melhoria das condições educacionais da população, visando assegurar uma educação de qualidade aos nossos alunos, num ambiente criativo, inovador e de respeito ao próximo.

1.1.1 Pontos fortes da Escola:
  • Informatização das áreas técnicas e pedagógicas da escola;
  • Regimento Escolar;
  • Envolvimento da equipe docente nos projetos da escola e da SME.
  • Equipe docente qualificada;
  • Bom relacionamento humano, etc;
  • A escola é bem vista pela comunidade;
  • Sucesso nos jogos escolares municipais e regionais;
  • Merenda de qualidade;
  • Projetos de intervenção pedagógica desenvolvidos pelos professores;
  • Melhor IDEB a nível municipal;
  • Redução significativa do número de alunos evadidos;
  • Permanência do número total de alunos;
  • Funcionamento da sala de recursos multifuncionais e AEE;
  • Comprometimento dos professores em relação ao ensino aprendizagem;
1.1.2 Pontos fracos da Escola:

·         Baixa participação dos pais nos momentos relevantes para o sucesso escolar dos filhos;
  • Laboratório de informática, e ainda de Ciências, Matemática, Línguas.
  • Falta de espaço físico para realizar atividades recreativas, culturais e esportivas;
  • Insuficiência de internet;
  • Rede elétrica inadequada para atender a demanda;
  • Mais salas para ampliação do atendimento;
  • Biblioteca.

1.2 CONTEXTUALIZAÇÃO

O Colégio Municipal Professor Lourenço Batista, oferece a Educação Básica, nas etapas de Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio e a modalidade Educação de Jovens e Adultos.
Quanto ao suporte à integração família-escola, o CMPLB reconhece e respeita as diferentes formas de organização das famílias e prioriza momentos de diálogo e escuta, buscando, em seu cotidiano, estabelecer estreita comunicação, fazendo uso, para tanto, de meios adequados. Nesse sentido, também concorre para essa integração a Associação de Pais e Professores (APP), que, além da participação, possui papel relevante na integração com a comunidade em geral.
Considerando que a capacidade de perceber, mediar e superar os diferentes desafios atuais e futuros é uma constante na vida das pessoas, o CMPLB preocupa-se em proporcionar vivências que instrumentalizem seus educandos a enfrentar os desafios cotidianos, de forma a priorizar a vida e a dignidade humana, acima de qualquer outra possibilidade e alternativa. 
Nessa conjuntura, o CMPLB almeja dos egressos a atuação ética, autônoma, versátil, inovadora, crítica e hábil na resolução de problemas, visando à qualidade da vida e considerando prioritária a condição humana. Busca, dessa forma, que sejam reconhecidos, pela sociedade, como seres engajados em uma vida íntegra e digna. 
As metas a seguir expostas edificam a concretude da realização dos objetivos do CMPLB: desenvolver ações, projetos e programas que possibilitem o desenvolvimento de uma cultura organizacional que alcance novas competências educacionais e gerenciais; promover a constante atualização tecnológica; adequar a estrutura física às demandas educacionais, à inovação e ao aperfeiçoamento intermitente do processo educacional; desenvolver a gestão empreendedora; consolidar a imagem de instituição educacional arrojada, o incentivo à convivência família e Escola; estabelecer e fortalecer parcerias para as novas realidades educacionais; ampliar as fontes alternativas de receita; e aumentar as condições de sustentabilidade financeira.   

1.3 OBJETIVOS DA ESCOLA

No CMPLB, os objetivos cumprem importante papel na definição de ações e propósitos mais amplos que, por sua vez, respondem às expectativas e às exigências da comunidade escolar. Assim, o Colégio se propõe a: 
      Oferecer à comunidade ensino de qualidade que contribua para o desenvolvimento da autonomia responsável, do senso crítico e da criatividade para o exercício da cidadania.
      Oportunizar e dar condições, nas diferentes etapas da Educação Básica, para que todos os sujeitos desenvolvam suas capacidades para a   formação plena.
      Educar para a transformação da realidade social, valorizando a vida e a dignidade humana, orientada pelo conhecimento e pela ética.
      Orientar o sujeito para gestar e construir seu projeto de vida de forma responsável durante o seu percurso formativo.
      Ensinar com vistas à aprendizagem e aos conhecimentos historicamente produzidos e socialmente válidos. 
      Proporcionar aos estudantes instrumentos para a aprendizagem de valores e conhecimentos por meio de estimulação frequente. 

Tais objetivos encontram-se amparados em concepções epistemológicas e filosóficas que balizam a proposta pedagógica do Colégio em sua materialização sistemática. 

 

1.4 METAS
·         Conseguir uma efetiva participação dos pais nas atividades escolares dos filhos;
·         Motivar a participação dos alunos no desenvolvimento do processo de ensino e aprendizagem;
·         Minimizar a indisciplina em sala de aula para alcançar melhores resultados na aprendizagem dos alunos;
·         Melhorar cada vez mais o nível de aprendizagem dos alunos que apresentam dificuldades na aprendizagem;
·         Desenvolver as atividades dos programas governamentais em um espaço físico adequado;
·         Conseguir a instalação dos equipamentos da sala de recurso multifuncionais;
·         Viabilizar os laudos médicos dos alunos que apresentam necessidades educacionais especiais para que todos possam ter atendimento especial;
·         Diminuir os problemas de indisciplina e falta de respeito por parte dos alunos durante o horário do lanche;
1.5 AÇÕES
  • Realizar reuniões periódicas com pais e responsáveis, com o objetivo de sensibiliza-los quanto a importância do acompanhamento dos alunos nas atividades escolares e responsabilizando-os pela manutenção dos materiais de uso pessoal necessário ao desenvolvimento das mesmas;
  • Fazer reuniões pedagógicas bimestralmente com professores, coordenadores e professores de apoio pedagógico com o intuito de identificar as falhas ocorridas no processo de aprendizagem para posteriormente corrigi-las, visando sempre a melhoria da aprendizagem dos alunos;
  • Planejar coletivamente (Professor regente e professor de apoio pedagógico) as atividades de intervenção pedagógica para que melhores resultados sejam alcançados;
  •  Criar um termo de responsabilidade para que os alunos assumam o compromisso de participar ativamente das aulas, punindo-os quanto ao não cumprimento do mesmo;
  • Realizar palestras com Promotores de Justiça, Conselho Tutelar e Policia Militar sobre indisciplina, respeito ao próximo, violência e outros assuntos que auxiliem na redução dos problemas causados pela falta de disciplina na escola;
  • Realizar palestras que transmitam valores sociais éticos, para que possamos ter um ambiente harmonioso que propicie a aprendizagem significativa.
  • Fazer uma parceria entre Secretaria Municipal de educação e Secretaria municipal de Saúde para viabilizar os laudos médicos dos alunos que apresentam necessidades educacionais especializadas;
  • Viabilizar junto à secretaria Municipal de educação a manutenção da rede elétrica para que os aparelhos de ar condicionados e climatizadores possam ser usufruídos pelos alunos e professores;
  • Bimestralmente as turmas serão acompanhadas pelos coordenadores pedagógicos e serão avaliados quanto a leitura, organização do caderno e desempenho na disciplina de matemática.
  • Serão desenvolvidas atividades diferenciadas e reforço para serem trabalhados com os alunos que apresentam dificuldades na Leitura e escrita;
  • Serão desenvolvidas atividades diferenciadas e reforço para serem trabalhados com os alunos que apresentas dificuldades nas disciplinas de matemática;
  • Serão realizadas reuniões com o corpo docente para que seja feito a revisão do currículo da escola.
  • Será desenvolvido um projeto de conscientização dos estudantes quanto a alimentação saudável, visando a prevenção da desnutrição e obesidade.
  • Serão realizadas palestras voltadas para a saúde sexual, reprodutiva e prevenção de DST - Doenças Sexualmente Transmissíveis/AIDS.
  • Realizar reuniões com os professores sensibilizando-os quanto a necessidade de se fazer um planejamento que tenha informações necessárias sobre os conteúdos, como ensiná-los, como avaliá-los.
  • Incentivar os professores a desenvolver projetos que utilizem espaços fora da sala de aula como a sala de leitura, laboratório de informática, dentro das possibilidades oferecidas pelo Colégio.
  • Cobrar das autoridades competentes que viabilizem os espaços internos da escola adequando-os a alunos com necessidades educacionais especiais quando necessário.
  • Aquisição de televisores para cada sala de aula objetivando atender as necessidades dos educandos.

2 MARCO REFERENCIAL

As concepções apresentadas a seguir – perspectiva pedagógico-filosófica da escola e concepção de educação, de desenvolvimento humano, de aprendizagem e ensino, de conhecimento e de inclusão – balizam a Proposta Curricular do CMPLB, documento correlato a este, bem como suas práticas pedagógicas, a fim de garantir um percurso formativo que assegure a continuidade dos processos de aprendizagem e desenvolvimento das crianças e dos estudantes. 

2.1. PERSPECTIVA PEDAGÓGICO-FILOSÓFICA DO COLÉGIO

A conjuntura social, na qual todos estão imersos, amplia o papel e o significado da educação escolar, exigindo que a mesma opere em aberta e constante interação com a dinamicidade da vida. Nesse contexto, o Colégio assume, cada vez mais, atribuições específicas na formação das pessoas de sua comunidade.
Partindo dessa premissa, o CMPLB apresenta-se como local onde a dignidade da vida constitui-se como referencial maior na construção de uma sociedade justa e fraterna. O Colégio promove a educação como processo contínuo de transmissão, construção e desenvolvimento de conhecimentos, culturas e valores, ao considerar que, apesar de todo o aparato que envolve a ação educativa, é nas relações humanas que reside a essência da formação dos indivíduos.
No entanto, para o Colégio, não basta estar a serviço do estudante como indivíduo. É preciso, além disso, estar presente na sociedade de tal modo que o estudante, ao desempenhar seu papel, contribua com a construção de um mundo que respeite a vida em todas as suas dimensões.  
Apoiada nessa constatação, o CMPLB assume, assim, o desafio de ampliar a perspectiva ontológica e existencial da educação, sem abrir mão da dimensão epistemológica, que deve se sustentar nos anseios e nos desejos de emancipação e desenvolvimento humano, buscando o bem-estar e o compromisso coletivo.  Essa posição coloca o Colégio diante de diferentes questões e perspectivas que são estabelecidas pelas novas gerações, em cada momento histórico, porém sempre desafiadoras. 
Contudo, o CMPLB, prima pelo respeito aos direitos de cada um seguir sua própria crença, constituindo-se opção educacional na sociedade multiplural de hoje. Com tais bases identitárias, o Colégio firma-se sobre a necessidade de compreender e respeitar tal contexto, não pretendendo nenhum tipo de doutrinamento. 
O Colégio tem clareza de seus propósitos e características e tem a firme convicção de estar a favor da vida, pois é justamente essa condição confessional que lhe outorga características eminentemente dialógicas, trazendo o desafio próprio da alteridade que incita a perceber processos, gerar mediações e criar meios para superar antagonismos.  Esse compromisso apresenta-se como uma responsabilidade que é inalienável a todos os membros da comunidade educativa do CMPLB, sejam famílias, estudantes, professores ou funcionários. 

2.2  CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO
As exigências impostas ao ser humano e à sociedade pelo processo econômico e pelo decorrente apelo de desenvolvimento tecnológico determinam a necessidade de estender a ação educativa por todo o curso da vida, tornando a educação um processo permanente e continuado. 
A educação possui referencial e legislação específicos nos âmbitos federal, estadual e municipal. Aqui, se destaca a Lei de Diretrizes e Bases da Educação, Lei nº 9.394, de 20 de novembro de 1996, de âmbito federal, especialmente seu Capítulo III, Dos princípios e Fins da Educação Nacional, Art. 2º, o qual determina que a educação é “[...] dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana”, tendo “por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.” (BRASIL, 1996). 
Convergente a essa determinação, o CMPLB toma a educação como uma dinâmica organizativa dos saberes e das formas de interação das pessoas com o meio social no qual atuam.  A condição de respeitar e valorizar todos se constitui, portanto, foco da ação educativa, em que os diferentes e as diferenças são respeitados e valorizados ao promover a ampliação do autoconhecimento e a superação de dificuldades, que, antes de serem atribuídas ao outro, devem ser analisadas na perspectiva do próprio sujeito. 
Ainda é preciso afirmar que os princípios educacionais assumidos pelo Colégio coadunam com o que prevê as Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a Educação Básica, Resolução CNE/CEB nº 4/2010, no que tange ao seu caráter ético, estético e político.  Além dos princípios, o CMPLB assume a tarefa de educar e cuidar enquanto processos indissociáveis da formação humana que iniciam na Educação Infantil e são estendidos ao Ensino Médio e EJA: 

Cuidar e educar significa compreender que o direito à educação parte do princípio da formação da pessoa em sua essência humana. Trata-se de considerar o cuidado no sentido profundo do que seja acolhimento de todos – crianças, adolescentes, jovens e adultos – com respeito e, com atenção adequada, de estudantes com deficiência, jovens e adultos defasados na relação idade-escolaridade, indígenas, afrodescendentes, quilombolas e povos do campo. (BRASIL, 2010a, p. 12).


Cabe destacar que, quando o fazer pedagógico desloca seu eixo central para a criança e o estudante, a cidadania também ganha contorno especial na proposta da Instituição. Assim, o Colégio entende que a cidadania deve e pode ser exercida em todas as suas instâncias, oportunizando espaços de participação para a comunidade escolar como prática do humanismo contemporâneo. (BRASIL, 2010a).
Por outro lado, não menos importante e que aparece de forma transversal na proposta do Colégio, é a inclusão, como forma de possibilitar o aprender com qualidade. Tal proposta exige um esforço de todos na construção de formas de mediação, metodologias e instrumentos avaliativos que deem conta de atender às especificidades das crianças e dos estudantes com dificuldades e limitações, como também tempos e ritmos diferenciados, de acordo com as condições humanas, profissionais e estruturais disponíveis na instituição. 

2.2.1 Concepção de Colégio

O Colégio configura-se como a instância que, erigida pela sociedade, incumbe-se de garantir que as novas gerações tenham acesso ao legado cultural da humanidade. É um espaço geográfico e histórico onde a educação dá-se de forma intencional, estruturada, sistematizada e explícita. Nele, o conhecimento é assimilado, apropriado e construído ativamente, revestindo-se de criticidade e inovação, colaborando para o avanço cultural e atendendo às novas necessidades do ser humano.
 Nesse contexto, todos os integrantes e também o próprio CMPLB se transformam conforme as inquietações, as percepções, as mediações e as superações que ocorrem a todo momento.                    
O Colégio, como entidade educativa, tem, como papel principal, a ampliação do repertório cultural, artístico e intelectual das suas crianças e de seus estudantes, motivo pelo qual se faz e se torna importante e significativa dentro da sociedade, contribuindo para a sua formação. 
Além disso, a instituição escolar não pode estar desconectada do mundo afetivo da criança e do estudante, já que esse é um todo indivisível. A construção do conhecimento significativo se dá com envolvimento e disposição.  Ninguém se entrega a uma atividade com alegria e prazer sem que esteja a ela integrado e envolvido por inúmeros aspectos e interesses. O Colégio, portanto, deve estar atento aos aspectos afetivos das crianças e dos estudantes, visto que esses aspectos são condições fundamentais para a participação, tanto no processo de aprendizagem como na formação do espírito de solidariedade e colaboração.
O CMPLB, sendo comunitário, tem como compromisso o desenvolvimento do ser humano, colaborando, de forma sistematizada e direcionada, para sua formação por meio da veiculação e produção de conhecimentos socialmente válidos. A estreita relação com a comunidade é perseguida, levando em conta suas características e necessidades.

2.3  CONCEPÇÃO DE DESENVOLVIMENTO HUMANO

Todas as crianças, estudantes, professores e funcionários do CMPLB são considerados sujeitos singulares, possuidores de uma história e de uma cultura. A trajetória dos sujeitos constitui o desenvolvimento humano como algo que acontece por conta das aprendizagens que ocorrem na escola e fora dela, caracterizando-se pelas transformações biológicas, emocionais, sociais, psicológicas e culturais que ocorrem ao longo da vida.
O Colégio organiza-se pedagogicamente para atender às necessidades do desenvolvimento humano em cada etapa de ensino. Por isso, o planejamento de todas as ações tem como foco principal “[...] os sujeitos que dão vida ao currículo e à escola” (BRASIL, 2010a, p. 02).  Atendendo a diferentes grupos etários, o CMPLB entende que tais grupos precisam se reconhecer como tais.  
A infância e a juventude não podem ser reduzidas a um recorte etário, uma vez que sua dimensão transcende a idade dos sujeitos, estando, porém, relacionada com suas experiências vividas. Assim, o Colégio considera o princípio da dignificação do ser humano, que é constituído pelo respeito e pela individualidade do sujeito (PCN’s, 2005). 

2.3.1   Concepção de aprendizagem e ensino

O CMPLB prioriza a aprendizagem dos conceitos científicos, éticos e tecnológicos que não poderiam ser apropriados fora dela. Para tanto, se alicerça na perspectiva da mediação daquele que conhece e domina o objeto do conhecimento. No entanto, os saberes que cada criança, estudante e professor trazem para a escola, fruto de suas experiências como sujeitos, são reconhecidos, levando em consideração os tempos e os ritmos. Ainda assim, para que aconteça esse processo de ensinar e aprender, o Colégio oferece espaços de aprendizagem e instrumentos mediadores, como livros didáticos e paradidáticos, tecnologias educacionais, jogos e brinquedos. Igualmente oferece todos os recursos necessários para que a aprendizagem aconteça de forma eficaz e significativa. Nesse sentido, segundo a PCN’s (2005, p. 19):
 
No processo de construção do conhecimento, valorizam-se a tradição, o saber elaborado no decorrer da história da humanidade, a memória histórica, além de incentivar a elaboração de novos conhecimentos, estabelecendo sentido e significação para a ação humana. 


O ensino requer planejamento, organização e sistematização dos conhecimentos, buscando atingir, em cada etapa de ensino, as expectativas de aprendizagem. Por isso, o CMPLB defende o ensino não apenas de conteúdos, mas também de valores, conceitos, atitudes e competências, que, certamente, contribuirão com a formação de cada indivíduo.   
A centralidade do processo pedagógico é a aprendizagem com o objetivo de garantir um percurso formativo fundamentado na inseparabilidade do educar e do cuidar, de modo que as etapas da Educação Básica sejam respeitadas em suas especificidades, atentando para a articulação das dimensões orgânica e sequencial. (BRASIL, 2010a). 

2.4  CONCEPÇÃO DE CONHECIMENTO

Na interação com o mundo que o cerca, o indivíduo constrói representações por meio da atribuição de significados que “[...] implica diversos e diferenciados processos de significação, que se tornam tão múltiplos quantos forem os indivíduos e os meios que os cercam. [...]” e “está presente na formação permanente das pessoas e integra a complexidade do processo de aprendizagem. ” (PCN’s, 2005, p. 31). 
            O desenvolvimento pleno do ser humano depende do aprendizado que um determinado grupo cultural realiza, a partir da interação com outros indivíduos. A aprendizagem possibilita, orienta e estimula o desenvolvimento das características psicológicas, especificamente humanas e culturalmente organizadoras.
           Respeitar e valorizar as individualidades e as dificuldades significa dizer que o desafio da escola é ir além das informações e de como são transmitidas.
 Uma abordagem pedagógica coerente, com uma concepção de aprendizagem significativa, entende que o ponto inicial da aprendizagem deve ser sempre a concepção prévia dos estudantes, a partir da qual se deve proceder a escolha das técnicas, estratégias e atividades a serem desenvolvidas com vistas à mudança dos conceitos  para os científicos.
 Tendo a LDB como importante referencial de emancipação humana, destacam-se os seguintes pressupostos epistemológicos do CMPLB: 1) o conhecimento é construído a partir do que já se conhece; 2) o conhecimento a ser construído na Escola deve partir daquele que o estudante traz para a sala de aula, tornando a aprendizagem um processo significativo; e 3) o conhecimento brota da necessidade auferida por meio da leitura de mundo, associada à postura humanista que norteia a conduta dos integrantes do processo educativo.

 

2.4.1 Concepção de currículo


O currículo é movimento e envolve  as práticas docentes e institucionais com o intuito de ampliar e construir novos conhecimentos. É o currículo que organiza o que será ensinado e aprendido em termos de conhecimento para a promoção do desenvolvimento integral das crianças  e dos estudantes. Ainda se configura como um conjunto de valores e práticas que proporcionam a produção e a socialização de significados, cumprindo papel relevante na construção das identidades socioculturais a partir de um processo educacional, que, garantindo a qualidade das aprendizagens, é:

[...] constituído pelas experiências escolares que se desdobram em torno do conhecimento, permeadas pelas relações sociais, buscando articular vivências e saberes dos alunos com os conhecimentos historicamente acumulados e contribuindo para construir as identidades dos estudantes. (BRASIL, 2010b, p. 28). 


O CMPLB concebe o currículo como o coração que pulsa e determina o caminho percorrido por professores e estudantes para a ampliação do repertório cultural.
O currículo deve ser o sustentáculo para as ações do processo educacional, apontando os princípios, as diretrizes, os objetivos, as estratégias, os conceitos e os métodos, contextualizados pela realidade, com o compromisso de corresponder aos anseios da comunidade escolar, tendo como foco o referencial para orientar as atividades de autonomia e liberdade.
Nas etapas do ensino, o currículo abarca o que preveem as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Básica (BRASIL, 2010a) e demais legislações vigentes, atentando-se para as especificidades, os objetivos e as expectativas de aprendizagem definidas na Proposta Curricular do próprio Colégio. 

2.5  CONCEPÇÃO DE INCLUSÃO 

A Educação Especial é uma modalidade de ensino da Educação Básica, de caráter transversal perpassando todos os níveis, etapas e modalidades atendendo adolescentes e adultos com deficiências, transtornos globais de desenvolvimento e superdotação/altas habilidades tendo o AEE - Atendimento Educacional Especializado como parte integrante do processo educacional.
            A Educação Especial desenvolvida pelo CMPLB orienta sua ação nos fins da Educação Nacional, previstos no Art. 2º e artigo 3º, Inciso I da Lei Federal – LDB – 9394/96 e no Documento das Diretrizes Básicas da Educação Especial do Estado de Goiás.
Para atender às especificidades dos alunos públicos-alvo da educação especial, no processo educacional e, no âmbito de uma atuação mais ampla, a escola orienta-se sua organização curricular no desenvolvimento de todos os alunos e no desenvolvimento de práticas colaborativas na escola regular.
 O colégio entende que o projeto pedagógico de uma escola inclusiva deverá atender ao princípio da flexibilidade para que o acesso ao currículo seja adequado às condições do aluno, favorecendo seu processo escolar.
               A Educação Especial será oferecida na Rede Regular de Ensino, em todas as etapas e níveis de ensino, tendo como objetivos:
I _Contribuir para o desenvolvimento global das potencialidades dos alunos;
II _ Incentivar a autonomia, cooperação, espírito crítico e criativo da pessoa portadora de necessidades educativas especiais;
III - Contribuir para a preparação dos alunos para participarem ativamente no mundo social, cultural, dos desportos, das artes e do trabalho;
IV - Proporcionar condições para a frequência desses educandos á escola em todo o fluxo de escolarização respeitando os ritmos próprios dos alunos;
V - Desenvolver programas voltados à preparação para o trabalho;
VI - Promover o envolvimento familiar e da comunidade no processo de desenvolvimento global do educando. (p: 20).
             Além destes, o CMPLB, possui os objetivos específicos, dentre os quais:
_ Promover um ensino de qualidade através da melhoria dos índices dos resultados da avaliação dos alunos com deficiências inclusos;
_ Organizar e estruturar a sala de recurso com equipamentos tecnológicos conectados à rede de internet;
_ Promover reuniões de estudos e conselhos de classe com os professores das salas de recursos;
_ Sensibilizar toda a escola, desde a equipe administrativa, corpo docente/discente para aceitação das diferenças e da diversidade;
_ Promover uma maior integração entre professores regulares com alunos inclusos x professores das salas de recursos fortalecendo o trabalho colaborativo;
_ Promover e divulgar as atividades pedagógicas, eventos culturais e artísticos feitos pelos alunos e professores da sala de recurso:
_ Acompanhar e assessorar a flexibilização curricular realizada pelos professores das salas de aula sob orientação do professor especializado;
_ Envolver os alunos com deficiências inclusos nos projetos desenvolvidos pela escola;
_ Envolver a família no atendimento às necessidades dos alunos e promover orientação ás mães;
_ Visitar a sala de recurso para acompanhamento e monitoramento.          
              A Educação Especial no CMPLB como modalidade de ensino, direciona suas ações para o atendimento educacional especializado, que é o conjunto de atividades, recursos de acessibilidade e pedagógicos organizados institucionalmente, prestado de forma complementar ou suplementar à formação dos alunos no ensino regular.
O atendimento educacional especializado na escola não é confundido com atividades de mera repetição de conteúdos programáticos desenvolvidos na sala de aula, mas constituem um conjunto de procedimentos específicos mediadores do processo de apropriação e produção de conhecimentos.
A SRM é um espaço físico onde se realiza o atendimento Educacional Especializado - AEE. É dotada de mobiliários, materiais didáticos e pedagógicos, recursos de acessibilidade e equipamentos específicos para o atendimento aos alunos, em turno contrário ao que frequentam a escola comum.
Os alunos público-alvo da educação especial matriculados na escola são atendidos no contra turno na sala de recurso multifuncional, onde há dois professores especializados, sendo um professor para atendimento dos alunos com deficiência intelectual, múltipla e com transtornos globais do desenvolvimento e outro professor exclusivamente para atendimento das necessidades dos alunos com deficiência auditiva.
Os alunos matriculados na sala de recursos são avaliados de acordo com os avanços e crescimento dos alunos registrados por meio do instrumento de fichas descritivas. Quanto à avaliação dos alunos na sala de aula regular, estes são avaliados de acordo com a flexibilização curricular elaborada individualmente para cada aluno, respeitando o tempo e o ritmo de aprendizagem. Além dos instrumentos de provas, avaliações orais os professores também registram os avanços dos alunos nas fichas descritivas.
                Enfim, é preciso que a escola ao trabalhar com o aluno público-alvo da educação especial planeje alternativa e intervenções; diversificando as situações de aprendizagem para adaptar às especificidades dos alunos: desafiando e motivando constantemente a capacidade dos alunos; propondo situações desafiadoras e motivadoras para estimular o pensamento e a capacidade cognitiva da criança. É preciso que a escola desenvolva uma Proposta Pedagógica inclusiva, que atenda à toda diversidade. 




3 GESTÃO DEMOCRÁTICA

O CMPLB, no que tange à gestão, reafirma seu compromisso com os princípios do respeito ao outro e apreço à liberdade.  Ser ético, é ser capaz de exercer a gestão de forma democrática, como princípio que abrange as dimensões pedagógica, administrativa e financeira. A gestão democrática aqui proposta implica no poder compartilhado e na participação efetiva do coletivo como compromisso que supera o individualismo e tem, na partilha, seu referencial maior.  É dessa forma que, no CMPLB, ética e democracia andam juntas. 
Contudo, desde 1996, a partir da Lei nº 9.394/96, a gestão democrática tornou-se obrigatoriedade não só do ponto de vista da qualidade da educação, mas também sob a égide da lei. A gestão tem sido foco de longas e profundas discussões no campo educacional, superando seu aspecto meramente administrativo, outrora reinante, para, em seu lugar, dar ênfase às questões de convívio humano e organização coletiva como forma de valorizar a vida, reconhecendo o valor, a energia e as potencialidades de todos os envolvidos. Tal perspectiva denota o cunho participativo necessário a uma gestão atual, integrada às reais necessidades e aos anseios de sua comunidade. 
Por isso, no CMPLB, a democracia caracteriza-se por uma postura aberta e de argumentação receptiva, o que significa constituir formas de participação em que todos possam compartilhar as decisões à medida que, envolvidos, constroem consensos.  
Nesse sentido, para dar suporte e condições reais de participação a todos os atores do Colégio e na mais variada amplitude, a instituição conta com órgãos e colegiados que, em sua forma e dinâmica, contribuem para consolidar a gestão democrática no Colégio. São eles: Conselho Gestor, Conselho Escolar, Associação de pais e Mestres e Conselho de Classe. 

3.1 GESTÃO E DESENVOLVIMENTO DE PESSOAS

Uma instituição não tem identidade, muito menos história. São as pessoas que lhe dão forma e rosto. No CMPLB, os colaboradores, sejam professores, funcionários ou estagiários, são considerados sujeitos históricos e sociais, que imprimem, no seu fazer diário, a dinamicidade necessária para a materialização de seus projetos.
A Gestão e Desenvolvimento de Pessoas, no CMPLB, é realizada por meio de uma política institucional de formação continuada e do Plano de Cargos e Salários, que é uma lei municipal.
O perfil do profissional requerido pelo Colégio engloba ser correto e honesto, conduzir sua vida e seu trabalho de acordo com os princípios éticos, ter a seu favor a consideração, o apreço, a admiração e a confiança das pessoas, bem como atitudes profissionais e dialógicas, como busca de novos conhecimentos, proatividade, criatividade, organização e responsabilidade.  Igualmente é fundamental que tenha habilidade para se relacionar com as pessoas.

3.1.1 Formação institucional 

No Brasil, a formação de professores e profissionais que atuam na educação teve avanços muito importantes no final do século XX e início do século XXI. Em virtude dos debates e teorizações realizadas, tanto as instituições de formação quanto as próprias instituições educativas vêm se ocupando, com muito afinco, dessa tarefa. 
As ideias levaram os estudiosos da área a considerarem que a formação profissional deve acontecer durante toda a vida profissional. Por isso, na atualidade, entende-se que a qualificação profissional depende tanto da formação inicial, nos cursos de graduação, como da formação contínua e da continuada. 
A política de formação institucional do CMPLB se assenta na garantia do estudo e das possibilidades de intervenção no cotidiano escolar, permitindo o aperfeiçoamento do trabalho. A aposta é em uma formação de caráter coletivo, contextualizada, atrelada às necessidades e problemáticas do dia-a-dia escolar. Em outras palavras, uma formação que se dá num contínuo por meio do compartilhamento de experiências, de debates sobre livros lidos, dos grupos de estudo, de atividades de pesquisa/ação, da escrita de projetos, do desenvolvimento e da melhoria do currículo, do planejamento conjunto de atividades de aprendizagem, da elaboração de diários, da aplicação das tecnologias da informação e da comunicação, entre outros.
A formação contínua e a continuada constituem prioridades do CMPLB, coadunando com a perspectiva teórica contemporânea, com suas próprias demandas com o intuito de: oferecer encontros de educação continuada de qualidade; criar espaços de diálogo nas instituições; fomentar a leitura e “amarração” da parte teórica com a prática; e participar dos eventos.

4 ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO

O CMPLB parte da premissa de que as experiências escolares abrangem todos os aspectos do ambiente escolar, tanto aqueles que compõem a parte explícita do currículo, como os que contribuem de forma implícita para a aquisição dos conhecimentos socialmente relevantes.
É, portanto, imprescindível organizar os processos educativos de modo a acompanhar e atender às exigências de aprendizagens em cada etapa do percurso formativo, uma vez que estes se dão em diferentes e insubstituíveis momentos da vida dos estudantes. (BRASIL, 2010).  
O respeito às crianças e aos estudantes, bem como aos seus tempos mentais, socioemocionais, culturais e identitários, é o que orienta a ação educativa em toda a Educação Básica no CMPLB, visando possibilitar a essas crianças e a esses estudantes uma formação que corresponda às idades e consequentes especificidades de cada percurso, de modo a que tenha e faça sentido. 

4.1 PRESSUPOSTOS PEDAGÓGICOS DA EDUCAÇÃO INFANTIL 

A Educação Infantil, como primeira etapa da Educação Básica, é reconhecida pelo CMPLB como importante aliada na promoção do desenvolvimento da criança pequena. O Colégio, como instituição educativo-pedagógica, revela-se como espaço privilegiado para as crianças viverem, também, de diferentes modos, a sua infância. Uma de suas principais características é a possibilidade que cria, diariamente, encontros entre criança-criança, crianças-adultos, adultos-adultos e adultos-crianças-familiares que compartilham tempos e espaços no dia a dia educativo.
Ao considerar as crianças como sujeitos de direito, cidadãs e portadoras de vez e voz, o CMPLB e seus profissionais se dispõem a reconfigurar o ideário moderno de infância e de criança. Isso porque percebem a necessidade de ter clareza de que infância é um tempo social eivado de singularidades e de que os modos de viver a condição de criança se manifestam, no cotidiano institucional, sob roupagem com diferentes formas expressivas.  O CMPLB considera como objetivo central da ação pedagógica na Educação Infantil a ampliação do repertório cultural das crianças, tendo como eixos curriculares as interações e as brincadeiras, permeadas pelas linguagens visual, musical, oral e escrita, matemática e corporal. Orienta-se que os professores planejem atividades desafiadoras para e com as crianças; atividades que as desafiem a fazer narrativas, descrições, comparações, relações, construções em várias dimensões, explorando diferentes espaços e materiais; atividades que as provoquem a pensar, tomar decisões e resolver problemas; atividades que tomem como referência conceitos fundamentais que precisam ser explorados em espaços coletivos de Educação Infantil, conforme mapa conceitual e expectativas de aprendizagem definidas em sua Proposta Curricular. Essas dimensões do planejamento sinalizam a necessidade e a possibilidade de uma rotina heterogênea e de um planejamento que seja centrado na partilha entre adulto e criança por meio de Projetos. 
A Educação Infantil trabalha, prioritariamente, com o intuito de atender ao que preconizam a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei nº 9394/96) e as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil (Resolução CNE/CEB nº 05/2009), garantindo o desenvolvimento integral das crianças. 
O Colégio atende, nessa etapa de ensino, crianças de 4 a 5 anos e realiza a transição para o Ensino Fundamental por meio da documentação pedagógica. 

4.2 PRESSUPOSTOS PEDAGÓGICOS DO ENSINO FUNDAMENTAL DE 09 ANOS


As ações pedagógicas no Ensino Fundamental estão pautadas na Resolução CNE/CEB nº 07/2010, que fixa as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental de 9 anos (BRASIL, 2010b) e nos Princípios Pedagógicos da Rede Municipal de Educação (PCN’s, 2005).
De acordo com a Resolução CNE/CEB nº 07/2010, o Ensino Fundamental representa o direito à educação, entendido como bem inalienável para a formação do Ser Humano, tendo como norteadores das ações pedagógicas princípios éticos, políticos e estéticos. (BRASIL, 2010b). 
Com base nos Princípios Pedagógicos, o fazer pedagógico deve valorizar, de forma especial, a formação humanística, considerando o contexto econômico, político, social e cultural em que se insere.
Ainda de acordo com os princípios citados e, em conformidade com os Artigos 22 e 32 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação, Lei nº 9.394/96, são objetivos dessa etapa de escolarização: 
I               – o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos o pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo;
II             – a compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, das artes, da tecnologia e dos valores em que se fundamenta a sociedade;
III            – a aquisição de conhecimentos e habilidades e a formação de atitudes e valores como instrumentos para uma visão crítica do mundo;
IV           – o fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade humana e de tolerância recíproca em que se assenta a vida social. (BRASIL, 2010; IECLB, 2005; BRASIL, 1996).
No que diz respeito à dimensão do conhecimento, a proposta pedagógica deve considerar a educação como:
a)           integral, porque vê o ser humano como um todo, respeitando-o como sujeito histórico e relacional;
b)           integradora, porque respeita, contextualiza e inter-relaciona diferentes saberes e conhecimentos;
c)            integrada, porque está aberta para a diversidade e a multiplicidade. 
 Em conformidade com as Diretrizes Curriculares do Ensino Fundamental de 9 anos (BRASIL, 2010b), a proposta pedagógica do Ensino Fundamental, no CMPLB, considera essa etapa de educação como aquela capaz de assegurar a cada um e a todos o acesso ao conhecimento e aos elementos da cultura, imprescindíveis para o desenvolvimento pessoal e para a vida em sociedade.
 Nessa etapa de ensino, no CMPLB, o cuidar e o educar também são considerados indissociáveis nas funções da escola. Ações integradas entre os diversos setores e os serviços disponíveis no Colégio se articulam para assegurar a aprendizagem, o bem-estar e o desenvolvimento do estudante em todas as suas dimensões.

 

4.3 PRESSUPOSTOS PEDAGÓGICOS DO ENSINO MÉDIO

Toda a prática pedagógica adotada no Ensino Médio, no CMPLB, está alicerçada em três pilares fundamentais: a estética para a sensibilidade, a política para as relações com justiça e a ética para a alteridade. A estética, considerada como a permanente observação das relações existentes entre as formas e o sentido daquilo que está à volta do estudante, constitui-se em referencial para estabelecer e analisar valores; a política é entendida como a percepção, a consciência e o debate acerca das relações de poder estabelecidas; e a ética e a alteridade se constituem em movimentos a favor da vida, à medida que respeitam e valorizam as diferenças.
Assentada nesses pilares, a educação do Ensino Médio desenvolve no estudante, a formação de valores e o fortalecimento da autonomia, necessários para a participação cidadã num mundo sem fronteiras. 
A formação do estudante tem como alvo a aquisição de conhecimentos básicos, a preparação científica e a capacidade de utilizar as diferentes tecnologias relativas às áreas de atuação. O Colégio propõe, no Ensino Médio, a formação geral em oposição à formação específica, bem como o desenvolvimento de capacidades de pesquisar, aprender, criar e formular, buscar informações, analisá-las e selecioná-las. 
Dessa forma, o currículo do Ensino Médio no Colégio oportuniza ao egresso: 
a)  compreender significados e fundamentos científicos e tecnológicos dos processos
produtivos; 
b)  relacionar teoria e prática; 
c)  vincular a educação ao mundo do trabalho e à prática social; 
d)  continuar aprendendo; 
e)  atuar com autonomia intelectual e pensamento crítico;
f)                agir com flexibilidade para adaptar-se a novas situações; 
g)              preparar-se para o trabalho e para o exercício da cidadania. 

Também pretende desenvolver e aprimorar a identidade dos estudantes como pessoas humanas comprometidas com o bem comum, tendo como foco a formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crítico.
Enquanto etapa final da Educação Básica, o Ensino Médio, com duração mínima de três anos, tem como finalidade a consolidação e o aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no Ensino Fundamental, bem como a ampliação de conhecimentos necessários para a continuidade dos estudos realizados após o Ensino Médio. (BRASIL, 2010).
Para o atendimento das finalidades do Ensino Médio, o CMPLB, nessa etapa de ensino, desenvolve atividades interdisciplinares que contemplam as diversas áreas do conhecimento, contribuindo para a escolha profissional dos estudantes e para a construção de seu projeto de vida. Considerando diferentes aspectos da vida pessoal, profissional, cultural e social dos jovens, o Colégio oferece as seguintes atividades curriculares e extracurriculares: Projeto Valores, Formação de Leitores, Formação de Lideranças e Programa de Orientação Profissional, 

4.4  PRESSUPOSTOS PEDAGÓGICOS DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS  


A proposta pedagógica desenvolvida no Colégio, para a Educação de Jovens e Adultos, visa a construção da cidadania e da autonomia moral e intelectual, tendo como princípios norteadores:
-                Leitura da realidade: considera os sujeitos com suas histórias e vivências, respeitando os diferentes conhecimentos dos/as alunos/as, proporcionando experiências educativas que resgatem o prazer e a busca pelo conhecimento;
-                Resgate de valores e da identidade: construção de sujeitos históricos, competentes, críticos, éticos e participativos capazes de transformarem a realidade social e política numa relação de respeito consigo mesmo, com o outro e com a natureza;
-                Construção do conhecimento e participação coletiva: está fundamentada a partir do que o sujeito já conhece, do que está disponível na cultura, sendo marcada pela relação dos sujeitos, valorizando o contexto do erro e da dúvida, no qual o desafio do professor é ser articulador para que o processo da construção do conhecimento se efetive, tendo em vista uma relação dialógica.

4.5 TECNOLOGIAS EDUCACIONAIS


O CMPLB entende que a incorporação das tecnologias educacionais só tem sentido se contribuir para a melhoria da qualidade do ensino/aprendizagem, enriquecendo o ambiente educacional e diversificando as suas fontes de estímulos, a partir dos quais as crianças, os estudantes e os professores interagem cognitivamente para a construção ativa, crítica e criativa de conhecimentos.
Entendendo tecnologia não só como ferramenta, mas também como processo que transforma a realidade e que modifica a cultura, o Colégio está atenta às inovações tecnológicas e à maneira pelas quais elas intervêm na forma de pensar e de produzir cultura. Assim, através do uso das tecnologias educacionais, valoriza as novas formas de comunicação e de linguagem como fatores relevantes do processo ensino-aprendizagem, aproximando o universo da comunidade escolar. 
 A partir desses pressupostos, o Colégio investe tanto na atualização dos artefatos e equipamentos, como na utilização de softwares, jogos educativos e aplicativos, subsidiando a prática docente e garantindo a promoção da aprendizagem significativa.  

4.6 PROGRAMAS E PROJETOS INSTITUCIONAIS  


Os princípios e valores defendidos pelo CMPLB perpassam o currículo das etapas de ensino, os Cursos Livres e os programas, e bem como os projetos curriculares e extracurriculares, justamente para garantir uma formação sólida e integral para todas as crianças e estudantes do colégio. Para tanto, trabalha para oferecer programas que considera imprescindíveis para despertar a consciência crítica, ampliar o repertório cultural e a visão de mundo, pois entende que, no percurso formativo da Educação Básica, é necessário que o Colégio assuma essa tarefa junto da família.
Durante o ano a escola proporcionará aos alunos a participação em eventos e projetos, tais como:
  • Fevereiro: Carnaval;
  • Março: Circo, Dia da Mulher, Projeto Feira de Ciências e Semana da Alimentação;
  • Abril: Páscoa, Dia do Índio, Dia do Livro Infantil e datas comemorativas;
  • Maio: “Dia das Mães”, Dia da Comunicação, Dia do Imigrante, Campanha de Combate ao Fumo; Desfile Comemorativo “Aniversário de Rio Quente”.
  • Junho: “Festa Junina”, Soletrando, Dia do Porteiro, Dia do Meio Ambiente, Dia da Raça Brasileira;
  • Agosto: Curso Agrinho, “Dia dos Pais”, Dia da infância, Dia do folclore, Dia do Nutricionista, Dia do Estudante, Gincana Dia do Soldado, Olimpíada de Matemática e Língua Portuguesa;
  • Setembro: “Primavera”, Dia internacional da Alfabetização, Dia da Amazônia, Dia da Paz, Semana da Pátria e 2º Concurso de Linguagem expressiva (Conselho Tutelar).
  • Outubro: Dia dos Animais, Dia da Ecologia, Dia da Criança Projeto “Rua de Lazer”, Dia do professor, Dia Mundial da Alimentação; Projeto aluno Fantástico;
  • Novembro: Dia da Cultura e Ciência, Projeto Proclamação da República Dia do Turismo, Dia da Ética e Cidadania, Dia Consciência Negra, Dia da música;
  • Dezembro: Projeto Avaliação do trabalho Escolar.

4.6.1 PROGRAMAS INSTITUCIONAIS

4.6.1.1 Programa Ambiental 

Esse programa tem como intuito o estudo da dinâmica realizada pelos humanos nos ambientes da biosfera, promovendo e mantendo a vida no planeta. É um programa que se envolve diretamente com a política ambiental do CMPLB, visando ao desenvolvimento de atividades que culminem, de forma objetiva, com ações que interfiram na qualidade ambiental. 
O Programa Ambiental é de natureza interinstitucional uma vez que procura manter parceria com outras instituições. Tem como meta manter, por meio da adoção de atitudes e posturas que promovam a qualidade do ambiente escolar. 
Esse programa responde por diferentes projetos: 
1.        Política ambiental do Colégio que:  
           fundamenta o Sistema de Gestão Ambiental; 
           organiza o Guia de Gestão Ambiental;
2.        Controle e sensibilização quanto ao: 
           gasto de energia elétrica; 
           gasto de água;          
           geração de resíduos; 
3.        Educação Ambiental: Suporte teórico e prático para a educação ambiental desenvolvida no Colégio, através da organização de palestras, oficinas ou quaisquer atividades que tenham como intuito a promoção da educação ambiental.
4.        Ecológica:  gestão de uma miniempresa.

4.6.1.2 Programa Valores

Com base nos princípios filosóficos do colégio, o trabalho pedagógico contempla os valores como tema transversal. Nas ações, dentro e fora da sala de aula, a tônica dos valores está sempre presente, visando promover a educação para a convivência social. 
Nesse sentido, o colégio coloca o estudante como centro do seu processo, e constrói mecanismos para que, por meio do diálogo amoroso, a cultura do respeito e da ética sejam efetivados. Por isso, é preciso se colocar no lugar do outro para entendê-lo e compreendê-lo melhor. É preciso partilhar pensamentos, sentimentos, conhecimentos e atitudes. Tanto nas reuniões com os pais, como nos encontros individuais com as famílias, os valores precisam ser refletidos. O colégio se tornaria vazia e ineficiente caso se omitisse de resgatar certos valores já "adormecidos”. Mais ineficiente seria se não partilhasse com a família dessa reflexão.
A discussão desses valores não se sustenta apenas nas ações dos homens com os homens, mas nas ações dos homens também com o meio. Durante o ano, o tema PAZ será abordado em todos os meses, assim como a preservação do meio ambiente. Em sintonia com o mundo, caminhamos em busca de dias melhores.
Assim, o CMPLB elege o Projeto Valores como o pilar de suas ações pedagógicas e entende que pode e deve tratar o tema em todos os componentes curriculares de forma transversal.

4.6.1.3 Programa Formação de Leitores

A leitura é fundamental na formação do pensamento crítico e criativo. Saber ler é uma habilidade que estabelece relações entre as experiências próprias do leitor e a dos outros, alimentando a capacidade de questionar, analisar, acessar, pesquisar, argumentar, etc. Isso reforça a ideia de que a leitura não pode se tornar um objetivo escolarizado. O leitor deve ser considerado como um sujeito do mundo, do trabalho, da comunidade e dos diversos campos sociais e acadêmicos. 
Pensando assim, a formação de leitor é um compromisso de todos os componentes curriculares e de todos os professores nas diferentes etapas de ensino, assumindo uma dimensão inter e transdisciplinar. Por isso, o CMPLB cria oportunidades e sentidos para a leitura como um desafio cotidiano e um convite à construção do conhecimento.
Para tanto, o Colégio realiza o Dia da Leitura para todas as etapas de ensino, como também desenvolve projetos específicos nas turmas no qual estão definidos o número de literaturas obrigatórias.

4.7  AMBIENTES DE APRENDIZAGEM


O CMPLB compreende que os espaços de aprendizagem são aqueles que possibilitam, no processo de ensino-aprendizagem, uma ação educativa de melhor qualidade, uma vez que acredita que a construção do conhecimento e sua socialização acontecem além das salas de aula/referência. Dessa forma, o Colégio investe em espaços ricos de estímulos para a melhoria do ensino e, consequentemente, da aprendizagem.

5 AVALIAÇÃO 
Partindo da premissa de que os princípios defendidos pelo CMPLB nesse documento, em defesa do desenvolvimento integral das crianças e dos estudantes em todo o seu percurso formativo, fazem parte desse contexto, a avaliação poderá revelar o que está sendo ensinado e aprendido. Assim, as dimensões da avaliação dão-se, no contexto do colégio, a partir da avaliação da aprendizagem, da avaliação institucional e da avaliação externa, para, Justamente, assegurar “[...] a relação pertinente que estabelece o elo entre a gestão escolar, o professor, o estudante, o conhecimento e a sociedade em que o colégio se situa.” (BRASIL, 2010a, p. 47).

5.1 AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM

A avaliação da aprendizagem, no CMPLB, é entendida como parte do processo de ensinar e aprender. Por isso, ganha um caráter formativo, uma vez que redimensiona o planejamento do professor e, consequentemente, sua prática. Por isso, se apresenta como elemento de identificação e diagnóstico, mais do que elemento determinante de valores ou julgamentos. Sob essa perspectiva, o Colégio não concebe a lógica da avaliação classificatória, que se constitui em um mecanismo arbitrário de controle da realidade.
O CMPLB compreende a avaliação da aprendizagem como dinâmica processual, representada como um momento de análise e apreciação diagnóstica do trabalho escolar, por meio da qual são averiguados o alcance e a abordagem dos objetivos constantes do planejamento, com a finalidade de redirecionar ou refazer o trabalho pedagógico, de forma a garantir o alcance da finalidade educativa que os orienta.
A aprendizagem é considerada parte de uma ação coletiva que busca a formação das crianças e dos estudantes em seu percurso formativo, garantindo o desenvolvimento em todos os aspectos. Essa concepção parte da premissa de que todos podem aprender a partir de seu ritmo e no seu tempo e, para que as aprendizagens sejam significativas, o Colégio oferece oportunidades, ações e estratégias.
Nesse contexto, a avaliação é tema recorrente do planejamento, uma vez que contribui, também, para a construção da autonomia de todos os envolvidos na tomada de decisões.  Por isso, a avaliação é considerada formativa, uma vez que o foco passa a ser as aprendizagens.
Na Educação Infantil, a avaliação está integrada à documentação pedagógica, sem objetivo de promoção, e busca orientar por meio do registro.
No Ensino Fundamental, no Médio e na EJA, o processo se dá, também, pela observação e registro, com a utilização de diferentes instrumentos avaliativos, com critérios definidos no planejamento de cada professor. A organização do registro e os resultados da avaliação estão descritos no Regimento do Colégio.
O Colégio participa, pela sua condição institucional, das provas do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), sendo a participação facultativa ao estudante. 

 

5.1.1 Conselho de Classe

Procurando ser coerente com o processo de avaliação, o Conselho de Classe se apresenta como parte importante do processo avaliativo, pelo fato de reunir diferentes pareceres profissionais sobre cada estudante, que servirão de subsídios para os diagnósticos e as recomendações deles decorrentes. O Conselho tem função mediadora e, no final do ano letivo, assume caráter deliberativo quanto ao processo de avaliação.
Os profissionais envolvidos com a aprendizagem de uma determinada turma ou série, reunidos em Conselho, emitem um diagnóstico que se fundamenta nas relações interpessoais, na metodologia utilizada, nos conteúdos desenvolvidos e em outros aspectos considerados importantes da realidade dos estudantes e dos professores. Essa análise, de natureza crítica, poderá indicar as causas das dificuldades do processo educativo e eventuais motivos que se constituem em problemas de atuação, tanto do professor como dos estudantes.
O Conselho de Classe presume que os professores, com base nos objetivos estabelecidos nos componentes curriculares, se auto avaliem quanto a seu desempenho e ao desempenho dos estudantes, buscando propostas alternativas, regras e estratégias que visem à superação das necessidades detectadas e à adoção de medidas preventivas no decorrer do ano letivo.
Dessa forma, o Conselho de Classe constitui-se como um espaço de discussão da comunidade escolar, conferindo à ação educativa rigor metodológico e dimensão participativa, com registro em ata de todas as suas decisões, caracterizando-se como documento orientador da dinâmica educativa. 
O Conselho de Classe tem autonomia de deliberar, em seu parecer final, não cabendo recurso em outra instância do Colégio. É constituído pelos professores da turma e de área, pela Coordenação de cada etapa de ensino, pela Gestão Pedagógica, pela Direção, por um representante de pais indicado pela diretoria da APP e, a partir do 6º ano, por um estudante eleito pela turma.  

5.2  AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL

O CMPLB entende a Avaliação Institucional como um instrumento de acompanhamento contínuo e permanente dos processos administrativos e pedagógicos, bem como das atividades e da implementação de mudanças definidas estrategicamente. 
Em semelhança à avaliação da aprendizagem, é compreendida como processo formativo cujos dados e informações gerados, acerca do desenvolvimento dos processos administrativos e de ensino, reorientam a prática dos envolvidos e orientam propostas de mudanças. 
Por ser realizada periodicamente, a avaliação institucional, tem como principal função inventariar, orientar, reforçar e/ou corrigir os aspectos avaliados. Assim, é incorporada à cultura organizacional e integrada à ação de formação profissional, caracterizando-se como um importante instrumento de melhoria da qualidade do ensino. Na medida em que permite identificar problemas, assegura a proposição de soluções mais assertivas, orienta a tomada de decisões e posições que proporcionem mudanças, estabelecendo alternativas de melhorias e ampliações.
Desta forma, o CMPLB concebe a Avaliação Institucional a partir da perspectiva de transformação da realidade, sendo utilizada com fins e intenções específicas. Tem como foco principal o questionamento sobre a maneira que a instituição efetivamente cumpre sua função social. Para tanto, considera as formas de participação de toda a comunidade escolar, comprometendo-a com um futuro que pode ser transformado, a partir do autoconhecimento da própria realidade.


5.3 AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO PROFISSIONAL

A Avaliação do Desempenho Profissional consiste em um processo periódico de verificação do desempenho dos profissionais que identifica em que medida o desempenho de cada um contribui para atingir os propósitos da organização.
A ADP tem como objetivos:
I.          identificar o potencial dos profissionais;
II.         contribuir para o processo de planejamento organizacional e o alcance das metas institucionais; 
III.       incentivar o comprometimento dos profissionais com os objetivos da
instituição; 
IV.      estimular o desenvolvimento profissional e pessoal dos profissionais; 
V.        fornecer informações que possibilitem ao profissional avaliado conhecer o que a instituição espera de seu desempenho; 
VI.      identificar a necessidade de capacitação e qualificação para melhoria do desempenho individual e coletivo; 
VII.     identificar mecanismos de motivação para os profissionais, promovendo o auto aperfeiçoamento, inclusive com cursos de formação.

Sendo assim, a ADP não é, portanto, instrumento de punição, mas de busca de aperfeiçoamento individual, coletivo e organizacional.




REFERÊNCIAS

BRASIL. Lei nº 9.394, de 23 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Disponível em: <
. Acesso em: 14 maio 2017.

 ______. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Profissional de Nível Técnico. 1999. Disponível em: 
. Acesso em: 12 maio 2017.
_______. Ministério da Educação. Secretaria da Educação Básica. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil. 2009. Fixa as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil. Disponível em:
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_____. Ministério da Educação. Secretaria da Educação Básica. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Básica Nacional. 2010a. Disponível em: < www.
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KREUTZ, Lúcio. Escolas de imigração alemã no Rio Grande do Sul. In: MAUCH, C.; VASCONCELLOS, N. (Org.). Os alemães no sul do Brasil. Canoas: Ulbra, 1994. p. 149161.
WIEDERKEHR, Alessandra Helena. A escola de origem alemã: gênese e dinâmica do processo de escolarização dos teuto-brasileiros em Blumenau, SC (de 1850 a 1938). Curitiba, 2012. 280 f. (Doutorado em Educação) - Pontifícia Universidade Católica do Paraná.

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