SECRETARIA MUNICIPAL DE
EDUCAÇÃO DE RIO QUENTE
Colégio Municipal Professor Lourenço
Batista
Projeto Político Pedagógico
2018
“A educação é um processo social,
é desenvolvimento. Não é a preparação para a vida, é a própria vida. ”
John Dewey
Rio
Quente
2018
SECRETARIA MUNICIPAL DE
EDUCAÇÃO DE RIO QUENTE
CORPO ADMINISTRATIVO
SECRETÁRIA
DE EDUCAÇÃO: IZABEL GONZAGA VIEIRA SILVA
DEPARTAMENTO
DE ENSINO E ADM ESCOLAR: Lourdes Maria Cruvinel
AGENTE
ADMINISTRATIVO: Prícila Batista Dorneles
COLÉGIO MUNICIPAL PROFESSOR
LOURENÇO BATISTA
DIRETORA
CMPLB: Elcilânia Batista de Lima Silva
SECRETÁRIA
GERAL: Sandra Márcia de Mendonça Teixeira
COORDENADOR
PEDAGÓGICO GERAL: Márcio Pires da Silva
COORDENADORA
PEDAGÓGICA: Werislayne Ribeiro de Oliveira
COORDENADORA
PEDAGÓGICA: Patrícia Gomes Pereira
COORDENADORA
DA EDUCAÇÃO INFANTIL: Lívia Naves Teixeira
COORDENADORA
DE TURNO MATUTINO: Sebastiana de Souza Castilho
COORDENADOR
DE TURNO VESPERTINO: Wilson Hilário da Conceição
COORDENADORA
DE MERENDA E LIMPEZA: Lucy Claudino Peres
COORDENADORA
DE EJA: Luciana de Mendonça Ribeiro
COORDENADORA
DE TURNO EJA: Liliane do Carmo Estevão Araújo Silva
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO
...............................................................................
|
5
|
|
1
|
CARACTERIZAÇÃO DO
COLÉGIO ....................................................
|
6
|
1.1
|
MISSÃO DA ESCOLA
..........................................................................
|
7
|
1.1.1
|
Pontos fortes da escola
........................................................................
|
7
|
1.1.2
|
Pontos fracos da escola
.......................................................................
|
8
|
1.2
|
CONTEXTUALIZAÇÃO
........................................................................
|
8
|
1.3
|
OBJETIVOS DA ESCOLA ....................................................................
|
9
|
1.4
|
METAS
..................................................................................................
|
10
|
1.5
|
AÇÕES
.................................................................................................
|
10
|
2
|
MARCO REFERENCIAL
......................................................................
|
12
|
2.1
|
PERSPECTIVA PEDAGÓGICO-FILOSÓFICA DO COLÉGIO .............
|
13
|
2.2
|
CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO
...........................................................
|
14
|
2.2.1
|
Concepção de colégio
..........................................................................
|
15
|
2.3
|
CONCEPÇÃO DE DESENVOLVIMENTO HUMANO
...........................
|
16
|
2.3.1
|
Concepção de aprendizagem e ensino
|
17
|
2.4
|
CONCEPÇÃO DE CONHECIMENTO
..................................................
|
18
|
2.4.1
|
Concepção de currículo
........................................................................
|
19
|
2.5
|
CONCEPÇÃO DE INCLUSÃO
.............................................................
|
20
|
3
|
GESTÃO DEMOCRÁTICA
...................................................................
|
23
|
3.1
|
GESTÃO E DESENVOLVIMENTO DE PESSOAS
..............................
|
23
|
3.1.1
|
Formação institucional
.........................................................................
|
24
|
4
|
ORGANIZAÇÃO DO
TRABALHO PEDAGÓGICO .............................
|
25
|
4.1
|
PRESSUPOSTOS PEDAGÓGICOS DA EDUCAÇÃO INFANTIL
......
|
25
|
4.2
|
PRESSUPOSTOS PEDAGÓGICOS DO ENSINO FUNDAMENTAL DE 09 ANOS
.........................................................................................
|
27
|
4.3
|
PRESSUPOSTOS PEDAGÓGICOS DO ENSINO MÉDIO .................
|
28
|
4.4
|
PRESSUPOSTOS
PEDAGÓGICOS DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS ...........................................................................................
|
30
|
4.5
|
TECNOLOGIAS EDUCACIONAIS
.......................................................
|
30
|
4.6
|
PROGRAMAS E
PROJETOS INSTITUCIONAIS .......................................
|
31
|
4.6.1
|
Programas institucionais .......................................................................
|
32
|
4.6.1.1
|
Programa Ambiental
............................................................................
|
32
|
4.6.1.2
|
Programa Valores
.................................................................................
|
33
|
4.6.1.3
|
Programa Formação de Leitores
..........................................................
|
33
|
4.7
|
AMBIENTES DE APRENDIZAGEM
.....................................................
|
34
|
5
|
AVALIAÇÃO
........................................................................................
|
34
|
5.1
|
AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM
.....................................................
|
35
|
5.1.1
|
Conselho de Classe
.............................................................................
|
36
|
5.2
|
AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL
.............................................................
|
37
|
5.3
|
AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO PROFISSIONAL
.............................
|
38
|
REFERÊNCIAS
....................................................................................
|
39
|
|
APRESENTAÇÃO
O Projeto Político-Pedagógico (PPP)
do Colégio Municipal Professor Lourenço Batista, chamado aqui de CMPLB, além de
ser uma exigência legal, expressa na Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional, Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, permite a revelação da
identidade da Instituição, de suas concepções e de seus sonhos. Além disso,
define a natureza e o papel socioeducativo, cultural, político e ambiental da
Escola, bem como sua organização e gestão curricular para subsidiar o seu
Regimento Escolar e sua Proposta Pedagógica, documentos que são os balizadores
das ações educativas.
A importância do PPP do CMPLB leva
em conta a trajetória da sua comunidade escolar, a sua história e cultura, não
só para garantir um percurso formativo de sucesso para as crianças e os
estudantes, como também para cumprir o seu compromisso com a sociedade.
O CMPLB, quando da primeira edição
do seu PPP, a qual abarcava as concepções pedagógicas e a forma de materialização
de suas ações, vem trabalhando, sistematicamente e com afinco, em defesa de uma
educação com qualidade social. Além disso, revisitou, em cada período de sua
história, esse Documento e buscou aproximação com as exigências legais e com a
sua comunidade escolar.
Dessas revisitas resultou o PPP de
2013, que antecede a este, em cumprimento às determinações da Resolução nº
04/2010, do Conselho Nacional de Educação e da Câmara de Educação Básica
(CNE/CEB) e em atendimento às necessidades da comunidade escolar.
1 CARACTERIZAÇÃO DO
COLÉGIO
O Colégio Municipal Professor Lourenço Batista, integrante da
Rede Municipal de Ensino, localizado à Avenida dos Canários Q10 Lt 07, Bairro
Solom Amaral I, município de Rio Quente - GO, oferece a Educação Infantil e o
Ensino fundamental de 09 anos, de acordo com a Lei N.º 11.274, de 06 de fev. de
2006 e Resolução 258/2005 de 11 de novembro de 2005, que estabelece a
obrigatoriedade do Ensino Fundamental a partir dos 6 anos de idade para todas
as redes de ensino , Ensino Médio e Educação de Jovens e Adultos .
O Colégio Municipal Professor Lourenço Batista faz o
atendimento de crianças e adultos que provêm de diversos tipos de famílias com
uma diversidade de situações.
A pluralidade cultural, isto é, a diversidade de
etnias, crenças, costumes, valores, etc., caracterizam a população atendida.
O Colégio Municipal Professor Lourenço Batista é
assistido pelos governos Federal e Estadual quanto à aquisição do livro
didático (PNLD), tendo deste programa o suporte pedagógico adequado à Educação
Infantil e ao Ensino Fundamental (1ª ao 9ª ano), ao Ensino Médio e a Educação
de jovens e Adultos – EJA, possuindo também um número variado de coleções
pedagógicas e livros didáticos próprios a esta etapa.
O quadro funcional é composto pelo Diretor, Vice-diretor,
Coordenadores, Secretária, Agentes Administrativos, Operadores de serviços
gerais, Merendeiras, Porteiros, Vigias, Auxiliar de Biblioteca, Professores e
Monitores altamente qualificados a desenvolver suas funções como educadores.
O espaço físico foi projetado respeitando a capacidade
e necessidades de desenvolvimento dos alunos sendo que os espaços internos e
externos foram adaptados para atender diferentes funções, tais como:
ventilação, temperatura, iluminação, espaço físico, mobiliário e equipamentos
adequados. No entanto, ainda há necessidade de alguns investimentos para que as
exigências legais sejam plenamente atendidas.
O espaço interno contém uma estrutura básica que
contempla:
·
Salas para diretoria, secretaria, professores e coordenação escolar;
·
Salas de aula para atividades dos alunos;
·
Sala de recursos multifuncionais (Educação Especial - AEE);
·
Instalação e equipamentos adequados para o preparo, guarda e
distribuição de merenda escolar, que atendem às exigências de nutrição, saúde,
higiene e segurança na alimentação;
·
Instalações sanitárias para uso dos alunos e para uso dos
adultos;
·
Biblioteca pública;
·
Materiais pedagógicos para o desenvolvimento da autonomia da
criança e como suporte de outras ações intencionais;
·
Recursos materiais que atendem à demanda.
1.1 MISSÃO DA ESCOLA
Contribuir para a constante melhoria das condições
educacionais da população, visando assegurar uma educação de qualidade aos
nossos alunos, num ambiente criativo, inovador e de respeito ao próximo.
1.1.1 Pontos fortes da Escola:
- Informatização das áreas
técnicas e pedagógicas da escola;
- Regimento Escolar;
- Envolvimento da equipe
docente nos projetos da escola e da SME.
- Equipe docente qualificada;
- Bom relacionamento humano,
etc;
- A escola é bem vista pela
comunidade;
- Sucesso nos jogos escolares
municipais e regionais;
- Merenda de qualidade;
- Projetos de intervenção
pedagógica desenvolvidos pelos professores;
- Melhor IDEB a nível
municipal;
- Redução significativa do
número de alunos evadidos;
- Permanência do número total
de alunos;
- Funcionamento da sala de
recursos multifuncionais e AEE;
- Comprometimento dos
professores em relação ao ensino aprendizagem;
1.1.2 Pontos fracos da Escola:
·
Baixa participação dos pais nos momentos relevantes
para o sucesso escolar dos filhos;
- Laboratório de informática, e
ainda de Ciências, Matemática, Línguas.
- Falta de espaço físico para
realizar atividades recreativas, culturais e esportivas;
- Insuficiência de internet;
- Rede elétrica inadequada para
atender a demanda;
- Mais salas para ampliação do atendimento;
- Biblioteca.
1.2 CONTEXTUALIZAÇÃO
O Colégio Municipal Professor Lourenço Batista, oferece a
Educação Básica, nas etapas de Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino
Médio e a modalidade Educação de Jovens e Adultos.
Quanto ao suporte à integração família-escola, o CMPLB
reconhece e respeita as diferentes formas de organização das famílias e
prioriza momentos de diálogo e escuta, buscando, em seu cotidiano, estabelecer
estreita comunicação, fazendo uso, para tanto, de meios adequados. Nesse sentido,
também concorre para essa integração a Associação de Pais e Professores (APP),
que, além da participação, possui papel relevante na integração com a
comunidade em geral.
Considerando que a capacidade de perceber, mediar e
superar os diferentes desafios atuais e futuros é uma constante na vida das
pessoas, o CMPLB preocupa-se em proporcionar vivências que instrumentalizem
seus educandos a enfrentar os desafios cotidianos, de forma a priorizar a vida
e a dignidade humana, acima de qualquer outra possibilidade e alternativa.
Nessa conjuntura, o
CMPLB almeja dos egressos a atuação ética, autônoma, versátil, inovadora,
crítica e hábil na resolução de problemas, visando à qualidade da vida e
considerando prioritária a condição humana. Busca, dessa forma, que sejam
reconhecidos, pela sociedade, como seres engajados em uma vida íntegra e
digna.
As metas a seguir expostas edificam a concretude da
realização dos objetivos do CMPLB: desenvolver ações, projetos e programas que
possibilitem o desenvolvimento de uma cultura organizacional que alcance novas
competências educacionais e gerenciais; promover a constante atualização
tecnológica; adequar a estrutura física às demandas educacionais, à inovação e
ao aperfeiçoamento intermitente do processo educacional; desenvolver a gestão
empreendedora; consolidar a imagem de instituição educacional arrojada, o
incentivo à convivência família e Escola; estabelecer e fortalecer parcerias
para as novas realidades educacionais; ampliar as fontes alternativas de
receita; e aumentar as condições de sustentabilidade financeira.
1.3 OBJETIVOS DA
ESCOLA
No CMPLB, os objetivos cumprem
importante papel na definição de ações e propósitos mais amplos que, por sua
vez, respondem às expectativas e às exigências da comunidade escolar. Assim, o
Colégio se propõe a:
• Oferecer
à comunidade ensino de qualidade que contribua para o desenvolvimento da
autonomia responsável, do senso crítico e da criatividade para o exercício da
cidadania.
• Oportunizar
e dar condições, nas diferentes etapas da Educação Básica, para que todos os
sujeitos desenvolvam suas capacidades para a
formação plena.
• Educar
para a transformação da realidade social, valorizando a vida e a dignidade
humana, orientada pelo conhecimento e pela ética.
• Orientar
o sujeito para gestar e construir seu projeto de vida de forma responsável
durante o seu percurso formativo.
• Ensinar
com vistas à aprendizagem e aos conhecimentos historicamente produzidos e
socialmente válidos.
• Proporcionar
aos estudantes instrumentos para a aprendizagem de valores e conhecimentos por
meio de estimulação frequente.
Tais objetivos
encontram-se amparados em concepções epistemológicas e filosóficas que balizam
a proposta pedagógica do Colégio em sua materialização sistemática.
1.4 METAS
·
Conseguir uma efetiva participação dos pais nas atividades
escolares dos filhos;
·
Motivar a participação dos alunos no desenvolvimento do
processo de ensino e aprendizagem;
·
Minimizar a indisciplina em sala de aula para alcançar
melhores resultados na aprendizagem dos alunos;
·
Melhorar cada vez mais o nível de aprendizagem dos alunos
que apresentam dificuldades na aprendizagem;
·
Desenvolver as atividades dos programas governamentais em um
espaço físico adequado;
·
Conseguir a instalação dos equipamentos da sala de recurso
multifuncionais;
·
Viabilizar os laudos médicos dos alunos que apresentam
necessidades educacionais especiais para que todos possam ter atendimento
especial;
·
Diminuir os problemas de indisciplina e falta de respeito
por parte dos alunos durante o horário do lanche;
1.5 AÇÕES
- Realizar reuniões periódicas com pais e responsáveis,
com o objetivo de sensibiliza-los quanto a importância do acompanhamento
dos alunos nas atividades escolares e responsabilizando-os pela manutenção
dos materiais de uso pessoal necessário ao desenvolvimento das mesmas;
- Fazer reuniões pedagógicas bimestralmente com
professores, coordenadores e professores de apoio pedagógico com o intuito
de identificar as falhas ocorridas no processo de aprendizagem para
posteriormente corrigi-las, visando sempre a melhoria da aprendizagem dos
alunos;
- Planejar coletivamente (Professor regente e professor
de apoio pedagógico) as atividades de intervenção pedagógica para que
melhores resultados sejam alcançados;
- Criar um termo de responsabilidade para que os
alunos assumam o compromisso de participar ativamente das aulas,
punindo-os quanto ao não cumprimento do mesmo;
- Realizar palestras com Promotores de Justiça, Conselho
Tutelar e Policia Militar sobre indisciplina, respeito ao próximo,
violência e outros assuntos que auxiliem na redução dos problemas causados
pela falta de disciplina na escola;
- Realizar palestras que transmitam valores sociais
éticos, para que possamos ter um ambiente harmonioso que propicie a
aprendizagem significativa.
- Fazer uma parceria entre Secretaria Municipal de
educação e Secretaria municipal de Saúde para viabilizar os laudos médicos
dos alunos que apresentam necessidades educacionais especializadas;
- Viabilizar junto à secretaria Municipal de educação a
manutenção da rede elétrica para que os aparelhos de ar condicionados e
climatizadores possam ser usufruídos pelos alunos e professores;
- Bimestralmente as turmas serão acompanhadas pelos
coordenadores pedagógicos e serão avaliados quanto a leitura, organização
do caderno e desempenho na disciplina de matemática.
- Serão desenvolvidas atividades diferenciadas e reforço
para serem trabalhados com os alunos que apresentam dificuldades na
Leitura e escrita;
- Serão desenvolvidas atividades diferenciadas e reforço
para serem trabalhados com os alunos que apresentas dificuldades nas
disciplinas de matemática;
- Serão realizadas reuniões com o corpo docente para que
seja feito a revisão do currículo da escola.
- Será desenvolvido um projeto de conscientização dos
estudantes quanto a alimentação saudável, visando a prevenção da
desnutrição e obesidade.
- Serão realizadas palestras voltadas para a saúde
sexual, reprodutiva e prevenção de DST - Doenças Sexualmente
Transmissíveis/AIDS.
- Realizar reuniões com os professores sensibilizando-os
quanto a necessidade de se fazer um planejamento que tenha informações
necessárias sobre os conteúdos, como ensiná-los, como avaliá-los.
- Incentivar os professores a desenvolver projetos que
utilizem espaços fora da sala de aula como a sala de leitura, laboratório
de informática, dentro das possibilidades oferecidas pelo Colégio.
- Cobrar das autoridades competentes que viabilizem os
espaços internos da escola adequando-os a alunos com necessidades
educacionais especiais quando necessário.
- Aquisição de televisores para cada sala de aula
objetivando atender as necessidades dos educandos.
2 MARCO REFERENCIAL
As concepções apresentadas a seguir
– perspectiva pedagógico-filosófica da escola e concepção de educação, de
desenvolvimento humano, de aprendizagem e ensino, de conhecimento e de inclusão
– balizam a Proposta Curricular do CMPLB, documento correlato a este, bem como
suas práticas pedagógicas, a fim de garantir um percurso formativo que assegure
a continuidade dos processos de aprendizagem e desenvolvimento das crianças e
dos estudantes.
2.1. PERSPECTIVA
PEDAGÓGICO-FILOSÓFICA DO COLÉGIO
A conjuntura social, na qual todos estão imersos, amplia
o papel e o significado da educação escolar, exigindo que a mesma opere em
aberta e constante interação com a dinamicidade da vida. Nesse contexto, o
Colégio assume, cada vez mais, atribuições específicas na formação das pessoas
de sua comunidade.
Partindo dessa premissa, o CMPLB apresenta-se como local
onde a dignidade da vida constitui-se como referencial maior na construção de
uma sociedade justa e fraterna. O Colégio promove a educação como processo
contínuo de transmissão, construção e desenvolvimento de conhecimentos,
culturas e valores, ao considerar que, apesar de todo o aparato que envolve a
ação educativa, é nas relações humanas que reside a essência da formação dos
indivíduos.
No entanto, para o Colégio, não basta estar a serviço do
estudante como indivíduo. É preciso, além disso, estar presente na sociedade de
tal modo que o estudante, ao desempenhar seu papel, contribua com a construção
de um mundo que respeite a vida em todas as suas dimensões.
Apoiada nessa constatação, o CMPLB assume, assim, o
desafio de ampliar a perspectiva ontológica e existencial da educação, sem
abrir mão da dimensão epistemológica, que deve se sustentar nos anseios e nos
desejos de emancipação e desenvolvimento humano, buscando o bem-estar e o
compromisso coletivo. Essa posição
coloca o Colégio diante de diferentes questões e perspectivas que são
estabelecidas pelas novas gerações, em cada momento histórico, porém sempre
desafiadoras.
Contudo, o CMPLB, prima pelo respeito aos direitos de
cada um seguir sua própria crença, constituindo-se opção educacional na
sociedade multiplural de hoje. Com tais bases identitárias, o Colégio firma-se
sobre a necessidade de compreender e respeitar tal contexto, não pretendendo nenhum
tipo de doutrinamento.
O Colégio tem clareza de seus propósitos e
características e tem a firme convicção de estar a favor da vida, pois é
justamente essa condição confessional que lhe outorga características
eminentemente dialógicas, trazendo o desafio próprio da alteridade que incita a
perceber processos, gerar mediações e criar meios para superar
antagonismos. Esse compromisso
apresenta-se como uma responsabilidade que é inalienável a todos os membros da
comunidade educativa do CMPLB, sejam famílias, estudantes, professores ou
funcionários.
2.2 CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO
As exigências impostas ao ser humano e à sociedade pelo
processo econômico e pelo decorrente apelo de desenvolvimento tecnológico
determinam a necessidade de estender a ação educativa por todo o curso da vida,
tornando a educação um processo permanente e continuado.
A educação possui referencial e legislação específicos
nos âmbitos federal, estadual e municipal. Aqui, se destaca a Lei de Diretrizes
e Bases da Educação, Lei nº 9.394, de 20 de novembro de 1996, de âmbito
federal, especialmente seu Capítulo III, Dos princípios e Fins da Educação
Nacional, Art. 2º, o qual determina que a educação é “[...] dever da família e
do Estado, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade
humana”, tendo “por finalidade o
pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e
sua qualificação para o trabalho.” (BRASIL, 1996).
Convergente a essa determinação, o CMPLB toma a educação
como uma dinâmica organizativa dos saberes e das formas de interação das
pessoas com o meio social no qual atuam.
A condição de respeitar e valorizar todos se constitui, portanto, foco
da ação educativa, em que os diferentes e as diferenças são respeitados e
valorizados ao promover a ampliação do autoconhecimento e a superação de
dificuldades, que, antes de serem atribuídas ao outro, devem ser analisadas na
perspectiva do próprio sujeito.
Ainda é preciso afirmar que os princípios educacionais
assumidos pelo Colégio coadunam com o que prevê as Diretrizes Curriculares
Nacionais Gerais para a Educação Básica, Resolução CNE/CEB nº 4/2010, no que
tange ao seu caráter ético, estético e político. Além dos princípios, o CMPLB assume a tarefa
de educar e cuidar enquanto processos indissociáveis da formação humana que
iniciam na Educação Infantil e são estendidos ao Ensino Médio e EJA:
Cuidar e educar significa compreender que o direito à
educação parte do princípio da formação da pessoa em sua essência humana.
Trata-se de considerar o cuidado no sentido profundo do que seja acolhimento de
todos – crianças, adolescentes, jovens e adultos – com respeito e, com atenção
adequada, de estudantes com deficiência, jovens e adultos defasados na relação
idade-escolaridade, indígenas, afrodescendentes, quilombolas e povos do campo.
(BRASIL, 2010a, p. 12).
Cabe destacar que, quando o fazer
pedagógico desloca seu eixo central para a criança e o estudante, a cidadania
também ganha contorno especial na proposta da Instituição. Assim, o Colégio
entende que a cidadania deve e pode ser exercida em todas as suas instâncias,
oportunizando espaços de participação para a comunidade escolar como prática do
humanismo contemporâneo. (BRASIL, 2010a).
Por outro lado, não menos
importante e que aparece de forma transversal na proposta do Colégio, é a
inclusão, como forma de possibilitar o aprender com qualidade. Tal proposta
exige um esforço de todos na construção de formas de mediação, metodologias e
instrumentos avaliativos que deem conta de atender às especificidades das
crianças e dos estudantes com dificuldades e limitações, como também tempos e
ritmos diferenciados, de acordo com as condições humanas, profissionais e
estruturais disponíveis na instituição.
2.2.1 Concepção de Colégio
O Colégio configura-se como a instância que, erigida pela
sociedade, incumbe-se de garantir que as novas gerações tenham acesso ao legado
cultural da humanidade. É um espaço geográfico e histórico onde a educação
dá-se de forma intencional, estruturada, sistematizada e explícita. Nele, o
conhecimento é assimilado, apropriado e construído ativamente, revestindo-se de
criticidade e inovação, colaborando para o avanço cultural e atendendo às novas
necessidades do ser humano.
Nesse contexto,
todos os integrantes e também o próprio CMPLB se transformam conforme as
inquietações, as percepções, as mediações e as superações que ocorrem a todo
momento.
O Colégio, como entidade educativa, tem, como papel
principal, a ampliação do repertório cultural, artístico e intelectual das suas
crianças e de seus estudantes, motivo pelo qual se faz e se torna importante e
significativa dentro da sociedade, contribuindo para a sua formação.
Além disso, a instituição escolar não pode estar
desconectada do mundo afetivo da criança e do estudante, já que esse é um todo
indivisível. A construção do conhecimento significativo se dá com envolvimento
e disposição. Ninguém se entrega a uma
atividade com alegria e prazer sem que esteja a ela integrado e envolvido por
inúmeros aspectos e interesses. O Colégio, portanto, deve estar atento aos
aspectos afetivos das crianças e dos estudantes, visto que esses aspectos são
condições fundamentais para a participação, tanto no processo de aprendizagem
como na formação do espírito de solidariedade e colaboração.
O CMPLB, sendo comunitário, tem como compromisso o
desenvolvimento do ser humano, colaborando, de forma sistematizada e
direcionada, para sua formação por meio da veiculação e produção de
conhecimentos socialmente válidos. A estreita relação com a comunidade é
perseguida, levando em conta suas características e necessidades.
2.3 CONCEPÇÃO DE DESENVOLVIMENTO HUMANO
Todas as crianças, estudantes, professores e funcionários
do CMPLB são considerados sujeitos singulares, possuidores de uma história e de
uma cultura. A trajetória dos sujeitos constitui o desenvolvimento humano como
algo que acontece por conta das aprendizagens que ocorrem na escola e fora
dela, caracterizando-se pelas transformações biológicas, emocionais, sociais,
psicológicas e culturais que ocorrem ao longo da vida.
O Colégio organiza-se
pedagogicamente para atender às necessidades do desenvolvimento humano em cada
etapa de ensino. Por isso, o planejamento de todas as ações tem como foco
principal “[...] os sujeitos que dão vida ao currículo e à escola” (BRASIL,
2010a, p. 02). Atendendo a diferentes
grupos etários, o CMPLB entende que tais grupos precisam se reconhecer como
tais.
A infância e a juventude não podem ser reduzidas a um
recorte etário, uma vez que sua dimensão transcende a idade dos sujeitos,
estando, porém, relacionada com suas experiências vividas. Assim, o Colégio
considera o princípio da dignificação do ser humano, que é constituído pelo
respeito e pela individualidade do sujeito (PCN’s, 2005).
2.3.1 Concepção de aprendizagem e ensino
O CMPLB prioriza a aprendizagem dos conceitos
científicos, éticos e tecnológicos que não poderiam ser apropriados fora dela.
Para tanto, se alicerça na perspectiva da mediação daquele que conhece e domina
o objeto do conhecimento. No entanto, os saberes que cada criança, estudante e
professor trazem para a escola, fruto de suas experiências como sujeitos, são
reconhecidos, levando em consideração os tempos e os ritmos. Ainda assim, para
que aconteça esse processo de ensinar e aprender, o Colégio oferece espaços de
aprendizagem e instrumentos mediadores, como livros didáticos e paradidáticos,
tecnologias educacionais, jogos e brinquedos. Igualmente oferece todos os
recursos necessários para que a aprendizagem aconteça de forma eficaz e
significativa. Nesse sentido, segundo a PCN’s (2005, p. 19):
No processo de construção do conhecimento,
valorizam-se a tradição, o saber elaborado no decorrer da história da
humanidade, a memória histórica, além de incentivar a elaboração de novos
conhecimentos, estabelecendo sentido e significação para a ação humana.
O ensino requer planejamento,
organização e sistematização dos conhecimentos, buscando atingir, em cada etapa
de ensino, as expectativas de aprendizagem. Por isso, o CMPLB defende o ensino
não apenas de conteúdos, mas também de valores, conceitos, atitudes e
competências, que, certamente, contribuirão com a formação de cada indivíduo.
A centralidade do processo pedagógico
é a aprendizagem com o objetivo de garantir um percurso formativo fundamentado
na inseparabilidade do educar e do cuidar, de modo que as etapas da Educação
Básica sejam respeitadas em suas especificidades, atentando para a articulação
das dimensões orgânica e sequencial. (BRASIL, 2010a).
2.4 CONCEPÇÃO DE CONHECIMENTO
Na interação com o mundo que o cerca,
o indivíduo constrói representações por meio da atribuição de significados que
“[...] implica diversos e diferenciados processos de significação, que se
tornam tão múltiplos quantos forem os indivíduos e os meios que os cercam.
[...]” e “está presente na formação permanente das pessoas e integra a
complexidade do processo de aprendizagem. ” (PCN’s, 2005, p. 31).
O desenvolvimento pleno do ser
humano depende do aprendizado que um determinado grupo cultural realiza, a
partir da interação com outros indivíduos. A aprendizagem possibilita, orienta
e estimula o desenvolvimento das características psicológicas, especificamente
humanas e culturalmente organizadoras.
Respeitar e valorizar as individualidades e as dificuldades significa
dizer que o desafio da escola é ir além das informações e de como são
transmitidas.
Uma abordagem pedagógica coerente, com uma
concepção de aprendizagem significativa, entende que o ponto inicial da
aprendizagem deve ser sempre a concepção prévia dos estudantes, a partir da
qual se deve proceder a escolha das técnicas, estratégias e atividades a serem
desenvolvidas com vistas à mudança dos conceitos para os científicos.
Tendo a LDB como importante referencial de
emancipação humana, destacam-se os seguintes pressupostos epistemológicos do
CMPLB: 1) o conhecimento é construído a partir do que já se conhece; 2) o
conhecimento a ser construído na Escola deve partir daquele que o estudante
traz para a sala de aula, tornando a aprendizagem um processo significativo; e
3) o conhecimento brota da necessidade auferida por meio da leitura de mundo,
associada à postura humanista que norteia a conduta dos integrantes do processo
educativo.
2.4.1 Concepção de currículo
O currículo é movimento e envolve as práticas docentes e institucionais com o
intuito de ampliar e construir novos conhecimentos. É o currículo que organiza
o que será ensinado e aprendido em termos de conhecimento para a promoção do
desenvolvimento integral das crianças e
dos estudantes. Ainda se configura como um conjunto de valores e práticas que
proporcionam a produção e a socialização de significados, cumprindo papel
relevante na construção das identidades socioculturais a partir de um processo
educacional, que, garantindo a qualidade das aprendizagens, é:
[...] constituído pelas experiências escolares que se
desdobram em torno do conhecimento, permeadas pelas relações sociais, buscando
articular vivências e saberes dos alunos com os conhecimentos historicamente
acumulados e contribuindo para construir as identidades dos estudantes.
(BRASIL, 2010b, p. 28).
O CMPLB concebe o currículo como o coração que pulsa e
determina o caminho percorrido por professores e estudantes para a ampliação do
repertório cultural.
O currículo deve ser o sustentáculo para as ações do
processo educacional, apontando os princípios, as diretrizes, os objetivos, as estratégias,
os conceitos e os métodos, contextualizados pela realidade, com o compromisso
de corresponder aos anseios da comunidade escolar, tendo como foco o
referencial para orientar as atividades de autonomia e liberdade.
Nas etapas do ensino, o currículo abarca o que preveem
as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Básica (BRASIL, 2010a) e
demais legislações vigentes, atentando-se para as especificidades, os objetivos
e as expectativas de aprendizagem definidas na Proposta Curricular do próprio Colégio.
2.5 CONCEPÇÃO DE INCLUSÃO
A Educação Especial é uma modalidade de ensino da Educação
Básica, de caráter transversal perpassando todos os níveis, etapas e
modalidades atendendo adolescentes e adultos com deficiências, transtornos
globais de desenvolvimento e superdotação/altas habilidades tendo o AEE -
Atendimento Educacional Especializado como parte integrante do processo
educacional.
A Educação Especial desenvolvida pelo CMPLB orienta sua ação
nos fins da Educação Nacional, previstos no Art. 2º e artigo 3º, Inciso I da
Lei Federal – LDB – 9394/96 e no Documento das Diretrizes Básicas da Educação
Especial do Estado de Goiás.
Para atender às
especificidades dos alunos públicos-alvo da educação especial, no processo
educacional e, no âmbito de uma atuação mais ampla, a escola orienta-se sua
organização curricular no desenvolvimento de todos os alunos e no
desenvolvimento de práticas colaborativas na escola regular.
O colégio entende que o projeto pedagógico de uma
escola inclusiva deverá atender ao princípio da flexibilidade para que o acesso
ao currículo seja adequado às condições do aluno, favorecendo seu processo
escolar.
A
Educação Especial será oferecida na Rede Regular de Ensino, em todas as etapas
e níveis de ensino, tendo como objetivos:
I _Contribuir para
o desenvolvimento global das potencialidades dos alunos;
II _ Incentivar a
autonomia, cooperação, espírito crítico e criativo da pessoa portadora de
necessidades educativas especiais;
III - Contribuir
para a preparação dos alunos para participarem ativamente no mundo social,
cultural, dos desportos, das artes e do trabalho;
IV - Proporcionar
condições para a frequência desses educandos á escola em todo o fluxo de
escolarização respeitando os ritmos próprios dos alunos;
V - Desenvolver
programas voltados à preparação para o trabalho;
VI - Promover o
envolvimento familiar e da comunidade no processo de desenvolvimento global do
educando. (p: 20).
Além destes, o CMPLB, possui os objetivos específicos, dentre os quais:
_ Promover um
ensino de qualidade através da melhoria dos índices dos resultados da avaliação
dos alunos com deficiências inclusos;
_ Organizar e
estruturar a sala de recurso com equipamentos tecnológicos conectados à rede de
internet;
_ Promover reuniões
de estudos e conselhos de classe com os professores das salas de recursos;
_ Sensibilizar toda
a escola, desde a equipe administrativa, corpo docente/discente para aceitação
das diferenças e da diversidade;
_
Promover uma maior integração entre professores regulares com alunos inclusos x
professores das salas de recursos fortalecendo o trabalho colaborativo;
_
Promover e divulgar as atividades pedagógicas, eventos culturais e artísticos
feitos pelos alunos e professores da sala de recurso:
_
Acompanhar e assessorar a flexibilização curricular realizada pelos professores
das salas de aula sob orientação do professor especializado;
_
Envolver os alunos com deficiências inclusos nos projetos desenvolvidos pela
escola;
_
Envolver a família no atendimento às necessidades dos alunos e promover
orientação ás mães;
_ Visitar a sala de
recurso para acompanhamento e
monitoramento.
A Educação Especial no CMPLB como modalidade de ensino, direciona suas ações
para o atendimento educacional especializado, que é o conjunto de atividades,
recursos de acessibilidade e pedagógicos organizados institucionalmente,
prestado de forma complementar ou suplementar à formação dos alunos no ensino
regular.
O atendimento
educacional especializado na escola não é confundido com atividades de mera
repetição de conteúdos programáticos desenvolvidos na sala de aula, mas
constituem um conjunto de procedimentos específicos mediadores do processo de
apropriação e produção de conhecimentos.
A SRM é um espaço
físico onde se realiza o atendimento Educacional Especializado - AEE. É dotada
de mobiliários, materiais didáticos e pedagógicos, recursos de acessibilidade e
equipamentos específicos para o atendimento aos alunos, em turno contrário ao
que frequentam a escola comum.
Os alunos
público-alvo da educação especial matriculados na escola são atendidos no contra
turno na sala de recurso multifuncional, onde há dois professores
especializados, sendo um professor para atendimento dos alunos com deficiência
intelectual, múltipla e com transtornos globais do desenvolvimento e outro
professor exclusivamente para atendimento das necessidades dos alunos com
deficiência auditiva.
Os alunos
matriculados na sala de recursos são avaliados de acordo com os avanços e crescimento
dos alunos registrados por meio do instrumento de fichas descritivas. Quanto à
avaliação dos alunos na sala de aula regular, estes são avaliados de acordo com
a flexibilização curricular elaborada individualmente para cada aluno,
respeitando o tempo e o ritmo de aprendizagem. Além dos instrumentos de provas,
avaliações orais os professores também registram os avanços dos alunos nas
fichas descritivas.
Enfim, é preciso que a escola ao trabalhar com o aluno público-alvo da educação
especial planeje alternativa e intervenções; diversificando as situações de
aprendizagem para adaptar às especificidades dos alunos: desafiando e motivando
constantemente a capacidade dos alunos; propondo situações desafiadoras e
motivadoras para estimular o pensamento e a capacidade cognitiva da criança. É
preciso que a escola desenvolva uma Proposta Pedagógica inclusiva, que atenda à toda
diversidade.
3 GESTÃO DEMOCRÁTICA
O CMPLB, no que tange à gestão, reafirma seu compromisso
com os princípios do respeito ao outro e apreço à liberdade. Ser ético, é ser capaz de exercer a gestão de
forma democrática, como princípio que abrange as dimensões pedagógica,
administrativa e financeira. A gestão democrática aqui proposta implica no
poder compartilhado e na participação efetiva do coletivo como compromisso que
supera o individualismo e tem, na partilha, seu referencial maior. É dessa forma que, no CMPLB, ética e
democracia andam juntas.
Contudo, desde 1996, a partir da Lei nº 9.394/96, a
gestão democrática tornou-se obrigatoriedade não só do ponto de vista da
qualidade da educação, mas também sob a égide da lei. A gestão tem sido foco de
longas e profundas discussões no campo educacional, superando seu aspecto
meramente administrativo, outrora reinante, para, em seu lugar, dar ênfase às
questões de convívio humano e organização coletiva como forma de valorizar a
vida, reconhecendo o valor, a energia e as potencialidades de todos os
envolvidos. Tal perspectiva denota o cunho participativo necessário a uma
gestão atual, integrada às reais necessidades e aos anseios de sua
comunidade.
Por isso, no CMPLB, a democracia caracteriza-se por uma
postura aberta e de argumentação receptiva, o que significa constituir formas
de participação em que todos possam compartilhar as decisões à medida que,
envolvidos, constroem consensos.
Nesse sentido, para dar suporte e condições reais de
participação a todos os atores do Colégio e na mais variada amplitude, a
instituição conta com órgãos e colegiados que, em sua forma e dinâmica,
contribuem para consolidar a gestão democrática no Colégio. São eles: Conselho Gestor,
Conselho Escolar, Associação de pais e Mestres e Conselho de Classe.
3.1 GESTÃO E
DESENVOLVIMENTO DE PESSOAS
Uma instituição não tem identidade, muito menos história.
São as pessoas que lhe dão forma e rosto. No CMPLB, os colaboradores, sejam
professores, funcionários ou estagiários, são considerados sujeitos históricos
e sociais, que imprimem, no seu fazer diário, a dinamicidade necessária para a
materialização de seus projetos.
A Gestão e Desenvolvimento de Pessoas, no CMPLB, é
realizada por meio de uma política institucional de formação continuada e do
Plano de Cargos e Salários, que é uma lei municipal.
O perfil do profissional requerido pelo Colégio
engloba ser correto e honesto, conduzir sua vida e seu trabalho de acordo com
os princípios éticos, ter a seu favor a consideração, o apreço, a admiração e a
confiança das pessoas, bem como atitudes profissionais e dialógicas, como busca
de novos conhecimentos, proatividade, criatividade, organização e
responsabilidade. Igualmente é
fundamental que tenha habilidade para se relacionar com as pessoas.
3.1.1 Formação
institucional
No Brasil, a formação de professores e
profissionais que atuam na educação teve avanços muito importantes no final do
século XX e início do século XXI. Em virtude dos debates e teorizações
realizadas, tanto as instituições de formação quanto as próprias instituições
educativas vêm se ocupando, com muito afinco, dessa tarefa.
As ideias levaram os estudiosos da
área a considerarem que a formação profissional deve acontecer durante toda a
vida profissional. Por isso, na atualidade, entende-se que a qualificação
profissional depende tanto da formação inicial, nos cursos de graduação, como
da formação contínua e da continuada.
A política de formação institucional do
CMPLB se assenta na garantia do estudo e das possibilidades de intervenção no
cotidiano escolar, permitindo o aperfeiçoamento do trabalho. A aposta é em uma
formação de caráter coletivo, contextualizada, atrelada às necessidades e
problemáticas do dia-a-dia escolar. Em outras palavras, uma formação que se dá
num contínuo por meio do compartilhamento de experiências, de debates sobre
livros lidos, dos grupos de estudo, de atividades de pesquisa/ação, da escrita
de projetos, do desenvolvimento e da melhoria do currículo, do planejamento
conjunto de atividades de aprendizagem, da elaboração de diários, da aplicação
das tecnologias da informação e da comunicação, entre outros.
A formação contínua e a continuada constituem prioridades
do CMPLB, coadunando com a perspectiva teórica contemporânea, com suas próprias
demandas com o intuito de: oferecer encontros de educação continuada de
qualidade; criar espaços de diálogo nas instituições; fomentar a leitura e
“amarração” da parte teórica com a prática; e participar dos eventos.
4 ORGANIZAÇÃO DO
TRABALHO PEDAGÓGICO
O CMPLB parte da premissa de que as experiências
escolares abrangem todos os aspectos do ambiente escolar, tanto aqueles que
compõem a parte explícita do currículo, como os que contribuem de forma
implícita para a aquisição dos conhecimentos socialmente relevantes.
É, portanto, imprescindível organizar os processos
educativos de modo a acompanhar e atender às exigências de aprendizagens em
cada etapa do percurso formativo, uma vez que estes se dão em diferentes e
insubstituíveis momentos da vida dos estudantes. (BRASIL, 2010).
O respeito às crianças e aos estudantes, bem como aos
seus tempos mentais, socioemocionais, culturais e identitários, é o que orienta
a ação educativa em toda a Educação Básica no CMPLB, visando possibilitar a
essas crianças e a esses estudantes uma formação que corresponda às idades e
consequentes especificidades de cada percurso, de modo a que tenha e faça
sentido.
4.1 PRESSUPOSTOS
PEDAGÓGICOS DA EDUCAÇÃO INFANTIL
A Educação Infantil, como primeira etapa da Educação
Básica, é reconhecida pelo CMPLB como importante aliada na promoção do
desenvolvimento da criança pequena. O Colégio, como instituição
educativo-pedagógica, revela-se como espaço privilegiado para as crianças
viverem, também, de diferentes modos, a sua infância. Uma de suas principais
características é a possibilidade que cria, diariamente, encontros entre
criança-criança, crianças-adultos, adultos-adultos e
adultos-crianças-familiares que compartilham tempos e espaços no dia a dia
educativo.
Ao considerar as crianças
como sujeitos de direito, cidadãs e portadoras de vez e voz, o CMPLB e seus
profissionais se dispõem a reconfigurar o ideário moderno de infância e de
criança. Isso porque percebem a necessidade de ter clareza de que infância é um
tempo social eivado de singularidades e de que os modos de viver a condição de
criança se manifestam, no cotidiano institucional, sob roupagem com diferentes
formas expressivas. O CMPLB considera
como objetivo central da ação pedagógica na Educação Infantil a ampliação do
repertório cultural das crianças, tendo como eixos curriculares as interações e
as brincadeiras, permeadas pelas linguagens visual, musical, oral e escrita,
matemática e corporal. Orienta-se que os professores planejem atividades
desafiadoras para e com as crianças; atividades que as desafiem a fazer
narrativas, descrições, comparações, relações, construções em várias dimensões,
explorando diferentes espaços e materiais; atividades que as provoquem a
pensar, tomar decisões e resolver problemas; atividades que tomem como
referência conceitos fundamentais que precisam ser explorados em espaços
coletivos de Educação Infantil, conforme mapa conceitual e expectativas de
aprendizagem definidas em sua Proposta Curricular. Essas dimensões do
planejamento sinalizam a necessidade e a possibilidade de uma rotina
heterogênea e de um planejamento que seja centrado na partilha entre adulto e
criança por meio de Projetos.
A Educação Infantil trabalha, prioritariamente, com o
intuito de atender ao que preconizam a Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional (Lei nº 9394/96) e as Diretrizes Curriculares Nacionais para a
Educação Infantil (Resolução CNE/CEB nº 05/2009), garantindo o desenvolvimento
integral das crianças.
O Colégio atende, nessa etapa de ensino, crianças de 4 a
5 anos e realiza a transição para o Ensino Fundamental por meio da documentação
pedagógica.
4.2 PRESSUPOSTOS
PEDAGÓGICOS DO ENSINO FUNDAMENTAL DE 09 ANOS
As ações pedagógicas no Ensino
Fundamental estão pautadas na Resolução CNE/CEB nº 07/2010, que fixa as
Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental de 9 anos (BRASIL,
2010b) e nos Princípios Pedagógicos da Rede Municipal de Educação (PCN’s,
2005).
De acordo com a Resolução CNE/CEB nº
07/2010, o Ensino Fundamental representa o direito à educação, entendido como
bem inalienável para a formação do Ser Humano, tendo como norteadores das ações
pedagógicas princípios éticos, políticos e estéticos. (BRASIL, 2010b).
Com base nos Princípios Pedagógicos, o
fazer pedagógico deve valorizar, de forma especial, a formação humanística,
considerando o contexto econômico, político, social e cultural em que se
insere.
Ainda de acordo com os princípios
citados e, em conformidade com os Artigos 22 e 32 da Lei de Diretrizes e Bases
da Educação, Lei nº 9.394/96, são objetivos dessa etapa de escolarização:
I
– o desenvolvimento da capacidade de aprender,
tendo como meios básicos o pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo;
II
– a compreensão do ambiente natural e social, do
sistema político, das artes, da tecnologia e dos valores em que se fundamenta a
sociedade;
III
– a aquisição de conhecimentos e habilidades e a
formação de atitudes e valores como instrumentos para uma visão crítica do
mundo;
IV
– o fortalecimento dos vínculos de família, dos
laços de solidariedade humana e de tolerância recíproca em que se assenta a
vida social. (BRASIL, 2010; IECLB, 2005; BRASIL, 1996).
No que diz respeito à dimensão do
conhecimento, a proposta pedagógica deve considerar a educação como:
a)
integral, porque vê o ser humano como um todo,
respeitando-o como sujeito histórico e relacional;
b)
integradora, porque respeita, contextualiza e
inter-relaciona diferentes saberes e conhecimentos;
c)
integrada, porque está aberta para a diversidade
e a multiplicidade.
Em
conformidade com as Diretrizes Curriculares do Ensino Fundamental de 9 anos
(BRASIL, 2010b), a proposta pedagógica do Ensino Fundamental, no CMPLB,
considera essa etapa de educação como aquela capaz de assegurar a cada um e a
todos o acesso ao conhecimento e aos elementos da cultura, imprescindíveis para
o desenvolvimento pessoal e para a vida em sociedade.
Nessa etapa de ensino, no CMPLB, o cuidar e o
educar também são considerados indissociáveis nas funções da escola. Ações
integradas entre os diversos setores e os serviços disponíveis no Colégio se
articulam para assegurar a aprendizagem, o bem-estar e o desenvolvimento do estudante
em todas as suas dimensões.
4.3
PRESSUPOSTOS PEDAGÓGICOS DO ENSINO MÉDIO
Toda a prática pedagógica adotada no Ensino Médio, no
CMPLB, está alicerçada em três pilares fundamentais: a estética para a
sensibilidade, a política para as relações com justiça e a ética para a
alteridade. A estética, considerada como a permanente observação das relações
existentes entre as formas e o sentido daquilo que está à volta do estudante,
constitui-se em referencial para estabelecer e analisar valores; a política é
entendida como a percepção, a consciência e o debate acerca das relações de
poder estabelecidas; e a ética e a alteridade se constituem em movimentos a
favor da vida, à medida que respeitam e valorizam as diferenças.
Assentada nesses pilares, a educação do Ensino Médio
desenvolve no estudante, a formação de valores e o fortalecimento da autonomia,
necessários para a participação cidadã num mundo sem fronteiras.
A formação do estudante tem como alvo a aquisição de
conhecimentos básicos, a preparação científica e a capacidade de utilizar as
diferentes tecnologias relativas às áreas de atuação. O Colégio propõe, no
Ensino Médio, a formação geral em oposição à formação específica, bem como o
desenvolvimento de capacidades de pesquisar, aprender, criar e formular, buscar
informações, analisá-las e selecioná-las.
Dessa forma, o currículo do Ensino Médio no Colégio
oportuniza ao egresso:
a) compreender
significados e fundamentos científicos e tecnológicos dos processos
produtivos;
b) relacionar
teoria e prática;
c) vincular
a educação ao mundo do trabalho e à prática social;
d) continuar
aprendendo;
e) atuar
com autonomia intelectual e pensamento crítico;
f)
agir com flexibilidade para adaptar-se a novas
situações;
g)
preparar-se para o trabalho e para o exercício
da cidadania.
Também pretende desenvolver e
aprimorar a identidade dos estudantes como pessoas humanas comprometidas com o
bem comum, tendo como foco a formação ética e o desenvolvimento da autonomia
intelectual e do pensamento crítico.
Enquanto etapa final da Educação
Básica, o Ensino Médio, com duração mínima de três anos, tem como finalidade a
consolidação e o aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no Ensino
Fundamental, bem como a ampliação de conhecimentos necessários para a
continuidade dos estudos realizados após o Ensino Médio. (BRASIL, 2010).
Para o atendimento das finalidades
do Ensino Médio, o CMPLB, nessa etapa de ensino, desenvolve atividades
interdisciplinares que contemplam as diversas áreas do conhecimento,
contribuindo para a escolha profissional dos estudantes e para a construção de
seu projeto de vida. Considerando diferentes aspectos da vida pessoal,
profissional, cultural e social dos jovens, o Colégio oferece as seguintes
atividades curriculares e extracurriculares: Projeto Valores, Formação de
Leitores, Formação de Lideranças e Programa de Orientação Profissional,
4.4 PRESSUPOSTOS PEDAGÓGICOS DA EDUCAÇÃO DE
JOVENS E ADULTOS
A proposta pedagógica desenvolvida no
Colégio, para a Educação de Jovens e Adultos, visa a construção da cidadania e
da autonomia moral e intelectual, tendo como princípios norteadores:
-
Leitura da realidade: considera os sujeitos com
suas histórias e vivências, respeitando os diferentes conhecimentos dos/as
alunos/as, proporcionando experiências educativas que resgatem o prazer e a
busca pelo conhecimento;
-
Resgate de valores e da identidade: construção
de sujeitos históricos, competentes, críticos, éticos e participativos capazes
de transformarem a realidade social e política numa relação de respeito consigo
mesmo, com o outro e com a natureza;
-
Construção do conhecimento e participação
coletiva: está fundamentada a partir do que o sujeito já conhece, do que está
disponível na cultura, sendo marcada pela relação dos sujeitos, valorizando o
contexto do erro e da dúvida, no qual o desafio do professor é ser articulador
para que o processo da construção do conhecimento se efetive, tendo em vista
uma relação dialógica.
4.5 TECNOLOGIAS
EDUCACIONAIS
O CMPLB entende que a incorporação
das tecnologias educacionais só tem sentido se contribuir para a melhoria da
qualidade do ensino/aprendizagem, enriquecendo o ambiente educacional e
diversificando as suas fontes de estímulos, a partir dos quais as crianças, os
estudantes e os professores interagem cognitivamente para a construção ativa,
crítica e criativa de conhecimentos.
Entendendo tecnologia não só como
ferramenta, mas também como processo que transforma a realidade e que modifica
a cultura, o Colégio está atenta às inovações tecnológicas e à maneira pelas quais
elas intervêm na forma de pensar e de produzir cultura. Assim, através do uso
das tecnologias educacionais, valoriza as novas formas de comunicação e de
linguagem como fatores relevantes do processo ensino-aprendizagem, aproximando
o universo da comunidade escolar.
A
partir desses pressupostos, o Colégio investe tanto na atualização dos
artefatos e equipamentos, como na utilização de softwares, jogos educativos e aplicativos, subsidiando a prática
docente e garantindo a promoção da aprendizagem significativa.
4.6
PROGRAMAS E PROJETOS INSTITUCIONAIS
Os princípios e valores defendidos
pelo CMPLB perpassam o currículo das etapas de ensino, os Cursos Livres e os
programas, e bem como os projetos curriculares e extracurriculares, justamente
para garantir uma formação sólida e integral para todas as crianças e
estudantes do colégio. Para tanto, trabalha para oferecer programas que
considera imprescindíveis para despertar a consciência crítica, ampliar o
repertório cultural e a visão de mundo, pois entende que, no percurso formativo
da Educação Básica, é necessário que o Colégio assuma essa tarefa junto da
família.
Durante o ano a escola
proporcionará aos alunos a participação em eventos e projetos, tais como:
- Fevereiro: Carnaval;
- Março: Circo, Dia da Mulher,
Projeto Feira de Ciências e Semana da Alimentação;
- Abril: Páscoa, Dia do Índio,
Dia do Livro Infantil e datas comemorativas;
- Maio: “Dia das Mães”, Dia da
Comunicação, Dia do Imigrante, Campanha de Combate ao Fumo; Desfile
Comemorativo “Aniversário de Rio Quente”.
- Junho: “Festa Junina”,
Soletrando, Dia do Porteiro, Dia do Meio Ambiente, Dia da Raça Brasileira;
- Agosto: Curso Agrinho, “Dia
dos Pais”, Dia da infância, Dia do folclore, Dia do Nutricionista, Dia do
Estudante, Gincana Dia do Soldado, Olimpíada de Matemática e Língua
Portuguesa;
- Setembro: “Primavera”, Dia
internacional da Alfabetização, Dia da Amazônia, Dia da Paz, Semana da
Pátria e 2º Concurso de Linguagem expressiva (Conselho Tutelar).
- Outubro: Dia dos Animais, Dia
da Ecologia, Dia da Criança Projeto “Rua de Lazer”, Dia do professor, Dia
Mundial da Alimentação; Projeto aluno Fantástico;
- Novembro: Dia da Cultura e
Ciência, Projeto Proclamação da República Dia do Turismo, Dia da Ética e
Cidadania, Dia Consciência Negra, Dia da música;
- Dezembro: Projeto Avaliação do
trabalho Escolar.
4.6.1 PROGRAMAS
INSTITUCIONAIS
4.6.1.1 Programa
Ambiental
Esse programa tem como intuito o
estudo da dinâmica realizada pelos humanos nos ambientes da biosfera,
promovendo e mantendo a vida no planeta. É um programa que se envolve
diretamente com a política ambiental do CMPLB, visando ao desenvolvimento de
atividades que culminem, de forma objetiva, com ações que interfiram na
qualidade ambiental.
O Programa Ambiental é de natureza
interinstitucional uma vez que procura manter parceria com outras instituições.
Tem como meta manter, por meio da adoção de atitudes e posturas que promovam a
qualidade do ambiente escolar.
Esse programa
responde por diferentes projetos:
1.
Política ambiental do Colégio que:
•
fundamenta o Sistema de Gestão Ambiental;
•
organiza o Guia de Gestão Ambiental;
2.
Controle e sensibilização quanto ao:
•
gasto de energia elétrica;
•
gasto de água;
•
geração de resíduos;
3.
Educação Ambiental: Suporte teórico e prático
para a educação ambiental desenvolvida no Colégio, através da organização de
palestras, oficinas ou quaisquer atividades que tenham como intuito a promoção
da educação ambiental.
4.
Ecológica:
gestão de uma miniempresa.
4.6.1.2 Programa
Valores
Com base nos princípios filosóficos
do colégio, o trabalho pedagógico contempla os valores como tema transversal.
Nas ações, dentro e fora da sala de aula, a tônica dos valores está sempre
presente, visando promover a educação para a convivência social.
Nesse sentido, o colégio coloca o
estudante como centro do seu processo, e constrói mecanismos para que, por meio
do diálogo amoroso, a cultura do respeito e da ética sejam efetivados. Por
isso, é preciso se colocar no lugar do outro para entendê-lo e compreendê-lo
melhor. É preciso partilhar pensamentos, sentimentos, conhecimentos e atitudes.
Tanto nas reuniões com os pais, como nos encontros individuais com as famílias,
os valores precisam ser refletidos. O colégio se tornaria vazia e ineficiente
caso se omitisse de resgatar certos valores já "adormecidos”. Mais
ineficiente seria se não partilhasse com a família dessa reflexão.
A discussão desses valores não se
sustenta apenas nas ações dos homens com os homens, mas nas ações dos homens
também com o meio. Durante o ano, o tema PAZ será abordado em todos os meses,
assim como a preservação do meio ambiente. Em sintonia com o mundo, caminhamos
em busca de dias melhores.
Assim, o CMPLB elege o Projeto
Valores como o pilar de suas ações pedagógicas e entende que pode e deve tratar
o tema em todos os componentes curriculares de forma transversal.
4.6.1.3 Programa
Formação de Leitores
A leitura é fundamental na formação
do pensamento crítico e criativo. Saber ler é uma habilidade que estabelece
relações entre as experiências próprias do leitor e a dos outros, alimentando a
capacidade de questionar, analisar, acessar, pesquisar, argumentar, etc. Isso
reforça a ideia de que a leitura não pode se tornar um objetivo escolarizado. O
leitor deve ser considerado como um sujeito do mundo, do trabalho, da
comunidade e dos diversos campos sociais e acadêmicos.
Pensando assim, a formação de leitor
é um compromisso de todos os componentes curriculares e de todos os professores
nas diferentes etapas de ensino, assumindo uma dimensão inter e transdisciplinar.
Por isso, o CMPLB cria oportunidades e sentidos para a leitura como um desafio
cotidiano e um convite à construção do conhecimento.
Para tanto, o Colégio realiza o Dia
da Leitura para todas as etapas de ensino, como também desenvolve projetos
específicos nas turmas no qual estão definidos o número de literaturas
obrigatórias.
4.7 AMBIENTES DE APRENDIZAGEM
O CMPLB compreende que os espaços
de aprendizagem são aqueles que possibilitam, no processo de
ensino-aprendizagem, uma ação educativa de melhor qualidade, uma vez que
acredita que a construção do conhecimento e sua socialização acontecem além das
salas de aula/referência. Dessa forma, o Colégio investe em espaços ricos de
estímulos para a melhoria do ensino e, consequentemente, da aprendizagem.
5 AVALIAÇÃO
Partindo da premissa de que os
princípios defendidos pelo CMPLB nesse documento, em defesa do desenvolvimento
integral das crianças e dos estudantes em todo o seu percurso formativo, fazem
parte desse contexto, a avaliação poderá revelar o que está sendo ensinado e
aprendido. Assim, as dimensões da avaliação dão-se, no contexto do colégio, a
partir da avaliação da aprendizagem, da avaliação institucional e da avaliação
externa, para, Justamente, assegurar “[...] a relação pertinente que estabelece
o elo entre a gestão escolar, o professor, o estudante, o conhecimento e a
sociedade em que o colégio se situa.” (BRASIL, 2010a, p. 47).
5.1 AVALIAÇÃO DA
APRENDIZAGEM
A avaliação da aprendizagem, no CMPLB,
é entendida como parte do processo de ensinar e aprender. Por isso, ganha um
caráter formativo, uma vez que redimensiona o planejamento do professor e,
consequentemente, sua prática. Por isso, se apresenta como elemento de
identificação e diagnóstico, mais do que elemento determinante de valores ou
julgamentos. Sob essa perspectiva, o Colégio não concebe a lógica da avaliação
classificatória, que se constitui em um mecanismo arbitrário de controle da
realidade.
O CMPLB compreende a avaliação da
aprendizagem como dinâmica processual, representada como um momento de análise
e apreciação diagnóstica do trabalho escolar, por meio da qual são averiguados
o alcance e a abordagem dos objetivos constantes do planejamento, com a
finalidade de redirecionar ou refazer o trabalho pedagógico, de forma a
garantir o alcance da finalidade educativa que os orienta.
A aprendizagem é considerada parte de
uma ação coletiva que busca a formação das crianças e dos estudantes em seu
percurso formativo, garantindo o desenvolvimento em todos os aspectos. Essa
concepção parte da premissa de que todos podem aprender a partir de seu ritmo e
no seu tempo e, para que as aprendizagens sejam significativas, o Colégio
oferece oportunidades, ações e estratégias.
Nesse contexto, a avaliação é tema
recorrente do planejamento, uma vez que contribui, também, para a construção da
autonomia de todos os envolvidos na tomada de decisões. Por isso, a avaliação é considerada
formativa, uma vez que o foco passa a ser as aprendizagens.
Na Educação Infantil, a avaliação
está integrada à documentação pedagógica, sem objetivo de promoção, e busca
orientar por meio do registro.
No Ensino Fundamental, no Médio e na
EJA, o processo se dá, também, pela observação e registro, com a utilização de
diferentes instrumentos avaliativos, com critérios definidos no planejamento de
cada professor. A organização do registro e os resultados da avaliação estão
descritos no Regimento do Colégio.
O Colégio participa, pela sua
condição institucional, das provas do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM),
sendo a participação facultativa ao estudante.
5.1.1
Conselho de Classe
Procurando ser coerente com o
processo de avaliação, o Conselho de Classe se apresenta como parte importante
do processo avaliativo, pelo fato de reunir diferentes pareceres profissionais sobre cada estudante,
que servirão de subsídios para os diagnósticos e as recomendações deles
decorrentes. O Conselho tem função mediadora e, no final do ano letivo, assume
caráter deliberativo quanto ao processo de avaliação.
Os profissionais envolvidos com a
aprendizagem de uma determinada turma ou série, reunidos em Conselho, emitem um
diagnóstico que se fundamenta nas relações interpessoais, na metodologia
utilizada, nos conteúdos desenvolvidos e em outros aspectos considerados
importantes da realidade dos estudantes e dos professores. Essa análise, de
natureza crítica, poderá indicar as causas das dificuldades do processo
educativo e eventuais motivos que se constituem em problemas de atuação, tanto
do professor como dos estudantes.
O Conselho de Classe presume que os
professores, com base nos objetivos estabelecidos nos componentes curriculares,
se auto avaliem quanto a seu desempenho e ao desempenho dos estudantes,
buscando propostas alternativas, regras e estratégias que visem à superação das
necessidades detectadas e à adoção de medidas preventivas no decorrer do ano
letivo.
Dessa forma, o Conselho de Classe
constitui-se como um espaço de discussão da comunidade escolar, conferindo à
ação educativa rigor metodológico e dimensão participativa, com registro em ata
de todas as suas decisões, caracterizando-se como documento orientador da
dinâmica educativa.
O Conselho de Classe tem autonomia
de deliberar, em seu parecer final, não cabendo recurso em outra instância do
Colégio. É constituído pelos professores da turma e de área, pela Coordenação
de cada etapa de ensino, pela Gestão Pedagógica, pela Direção, por um representante
de pais indicado pela diretoria da APP e, a partir do 6º ano, por um estudante
eleito pela turma.
5.2
AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL
O CMPLB entende a Avaliação
Institucional como um instrumento de acompanhamento contínuo e permanente dos
processos administrativos e pedagógicos, bem como das atividades e da
implementação de mudanças definidas estrategicamente.
Em semelhança à avaliação da
aprendizagem, é compreendida como processo formativo cujos dados e informações
gerados, acerca do desenvolvimento dos processos administrativos e de ensino,
reorientam a prática dos envolvidos e orientam propostas de mudanças.
Por ser realizada periodicamente, a
avaliação institucional, tem como principal função inventariar, orientar,
reforçar e/ou corrigir os aspectos avaliados. Assim, é incorporada à cultura
organizacional e integrada à ação de formação profissional, caracterizando-se
como um importante instrumento de melhoria da qualidade do ensino. Na medida em
que permite identificar problemas, assegura a proposição de soluções mais
assertivas, orienta a tomada de decisões e posições que proporcionem mudanças,
estabelecendo alternativas de melhorias e ampliações.
Desta forma, o CMPLB concebe a
Avaliação Institucional a partir da perspectiva de transformação da realidade,
sendo utilizada com fins e intenções específicas. Tem como foco principal o
questionamento sobre a maneira que a instituição efetivamente cumpre sua função
social. Para tanto, considera as formas de participação de toda a comunidade
escolar, comprometendo-a com um futuro que pode ser transformado, a partir do
autoconhecimento da própria realidade.
5.3 AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO PROFISSIONAL
A Avaliação do Desempenho
Profissional consiste em um processo periódico de verificação do desempenho dos
profissionais que identifica em que medida o desempenho de cada um contribui
para atingir os propósitos da organização.
A ADP tem como
objetivos:
I.
identificar o potencial dos profissionais;
II.
contribuir para o processo de planejamento
organizacional e o alcance das metas institucionais;
III. incentivar
o comprometimento dos profissionais com os objetivos da
instituição;
IV. estimular
o desenvolvimento profissional e pessoal dos profissionais;
V.
fornecer informações que possibilitem ao
profissional avaliado conhecer o que a instituição espera de seu
desempenho;
VI. identificar
a necessidade de capacitação e qualificação para melhoria do desempenho
individual e coletivo;
VII. identificar
mecanismos de motivação para os profissionais, promovendo o auto
aperfeiçoamento, inclusive com cursos de formação.
Sendo assim, a ADP não é, portanto,
instrumento de punição, mas de busca de aperfeiçoamento individual, coletivo e
organizacional.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Lei nº 9.394,
de 23 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação
nacional. Disponível em: <
______. Diretrizes Curriculares Nacionais para
a Educação Profissional de Nível Técnico. 1999. Disponível em:
_______. Ministério da Educação. Secretaria
da Educação Básica. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil.
2009. Fixa as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil.
Disponível em:
_____. Ministério da
Educação. Secretaria da Educação Básica. Diretrizes Curriculares Nacionais para
a Educação Básica Nacional. 2010a. Disponível em: < www.
portal.mec.gov.br/index.php?...diretrizes...educacao-basica>. Acesso em: 14 maio 2012. ______. Ministério da Educação. Secretaria da
Educação Básica. Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental de
9 anos. 2010b. Fixa as Diretrizes
Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental de 9 anos. Disponível em:
KREUTZ, Lúcio.
Escolas de imigração alemã no Rio Grande do Sul. In: MAUCH, C.; VASCONCELLOS, N. (Org.). Os
alemães no sul do Brasil. Canoas: Ulbra, 1994. p. 149161.
WIEDERKEHR, Alessandra
Helena. A escola de origem alemã: gênese e dinâmica do processo de
escolarização dos teuto-brasileiros em Blumenau, SC (de 1850 a 1938). Curitiba,
2012. 280 f. (Doutorado em Educação) - Pontifícia Universidade Católica do
Paraná.
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